Vira e mexe em nossas vidas nos deparamos a pessoas que se destacam, que estão num patamar diferente dos demais, chamamos algumas dessas pessoas de heróis.
Bart Simpson já disse que aqueles que acreditam que os verdadeiros heróis da humanidade são policiais, bombeiros, médicos, etc; porém como o Bart contesta: as ruas continuam perigosas, as casas continuam pegando fogo, as pessoas morrendo.
Os nossos verdadeiros heróis seriam os Stallones, os Swargenegers e em menor escala, os Van Dammes. Você sabe porquê? Não. Eu sei. É porque os nossos heróis do cinema RESOLVEM o problema. Eles quebram o protocolo e fazem o que TEM DE SER FEITO.
Um filme que pode ser considerado como heróico é Stallone Cobra, brilhantemente interpretado por Silvester Stalonne, o Sly que vive a pele do policial durão Marion "COBRA" Cobretti, um homem ACIMA DA LEI!
Os Estados Unidos não estava preparado para a guerra, mas ele estava.
Crescimento da criminalidade urbana, a relação da mídia com o crime, serial killers, direitos humanos, ascenção da moda, esses são os assuntos abordados pelo filme ao som de uma trilha sonora insuportável do pior dos anos 80.
Cobra é um policial que resolve os crimes que a polícia comum não quer resolver por serem "perigosos demais" sempre com seus óculos rayban na cara e o palito de fósforo nos dentes. Quando não está matando gente, o herói fica falando bobagens que, Stallone achou que isto ajudaria a dar mais profundidade ao personagem.
Tenta, por exemplo, incentivar o parceiro viciado em fast food a comer comida saudável. "Vai, come uma fruta, uma uva-passa, uma ameixa. Isso faz bem pra você", diz. Obviamente, soa artificial.
Assim como o romance de Cobretti com Ingrid. E é o cúmulo do hilário ver herói e mocinha sozinhos num quarto de motel: a bela Ingrid desamparada deitada na cama, esperando pelo seu herói... mas este prefere ficar sentado num canto limpando sua metralhadora!!!
No filme, durante pouco mais de uma hora Stallone faz "par romântico" com a atriz Brigitte Nielsen, sua esposa da época que se separou dele alguns anos depois após ser flagrada pela mãe de Stallone fazendo sexo com a sua secretária.
Engraçado que mesmo fazendo par romantico, os dois não andam nem de mão dada. História: Em algum lugar dos Estados Unidos um homem invade um supermercado e mantém pessoas sob o seu poder e diz que quer chamar a televisão para entrevistá-lo. A polícia comum sabendo do grau de periculosidade da situação vê chegar ao local Cobra, que entra SOZINHO no supermercado e se encontra com o bandido que diz: "Você é a doença, eu sou a cura!" e o mata sangue frio. Um repórter indagou se Cobra precisava mesmo matar para resolver o problema, Cobra pega ele pelo pescoço e o joga num dos mortos pelo assassino. Cobra não é uma pessoa normal, é uma máquina de matar, além disso ele é um homem sem qualquer vestígio de VIDA PESSOAL, mãe?mulher?filhos?família?amigos? hã, Cobra não aparenta ter ou ligar pra nada disso.
Ele vive e respira violência. Numa cena, vai estacionar o carro em frente de casa e teima em pô-lo onde o veículo não cabe, batendo na traseira do carro da frente e empurrando-o até o seu caber.
Os donos do carro, latinos, furiosos querendo tirar satisfação - e com razão! Cobra dá uma olhada para o cigarro na boca de um deles e diz: "Isso faz mal, sabia?". O cara responde: "O quê, o cigarro?". E o Cobra: "Não, eu!". Ele então arranca o cigarro da boca do homem e rasga infantilmente a sua camisa, só para provocar, antes de sair bufando! Chegando em casa Cobra corta sua pizza com uma tesoura e come assistindo uma repórter que diz que existem assassinos que andam cometendo vários assassinatos.
Daí aparecem estes assassinos, espere aí, essa parte é boa, Stallone caprichou no roteiro, vamos lá, os malucos que matam pessoas esperando criar um "Mundo Novo", mas isso nunca fica explicado, aliás, não explicam nem porquê matam todo mundo. Nas únicas cenas em que vemos os psicopatas reunidos, eles estão realizando uma bizarra cerimônia onde ficam batendo machados ritmadamente.
Talvez o "Mundo Novo" seja isso: matar toda a humanidade para que possam bater seus machados em paz!PARABÉNS STALONE! Certo dia, a modelo Ingrid (Brigitte Nielsen) testemunha um MILHARES desses assassinatos e passa a ser perseguida pelo grupo de malucos, que têm medo de que ela possa reconhecê-los.
Não, foi a primeira pessoa que viu alguém morrer, mas por algum motivo eles decidem que ela deve ser a próxima. Sim, eles nem usam máscaras o filme inteiro e ficam com medinho que uma provável testemunha possa denunciá-los! Claro, Cobra é mandado para protegê-la.
Ainda que a moça não tenha visto nenhum deles e não possa condições reais de identificar nenhum dos vilões, Cobra decide que é importante protegê-la, por algum motivo imagino, mas no filme este motivo não aparece nem de longe, os assassinos passam todo o resto do filme se expondo publicamente, tentando a todo custo matá-la, mesmo que pra isso tenham de arriscar SUAS PRÓPRIAS VIDAS A TROCO DE NADA.
Cobra e Ingrid fogem para o interior seguidos por um batalhão de malucos em motocicletas, mascarados e com rifles e metralhadoras nas costas - e ninguém suspeita daquilo e chama a polícia!
Entre as muitas das cenas sem pé nem cabeça, é impossível não citar aquela em que um dos malucos entra disfarçado (só mudou a cor do cabelo) no hospital onde Ingrid está. Pois o vilão perde tempo matando praticamente todo mundo por ali (enfermeiras, o cara da faxina, outros pacientes...), MENOS a garota.
Que, claro, é salva na hora H por Cobra. STALLONE COBRA pode ter tido um roteiro meio zoado, mas ainda arrisco a vê-lo denovo a ver um CIDADÃO KANE ou a um E O TEMPO LEVOU.
O grupo de malucos arma toda essa guerrilha para silenciar a testemunha que poderia identificá-lo, sem perceber que desse jeito revelou-se muito mais do que se simplesmente deixasse a moça fugir!!! Mortes, Tiros, e muita ação se seguem a partir desse momento, Cobra vai matando um a um, sem piedade. Cobra não sabe, mas dentro de cada um daqueles capangas, existia um ser humano com sentimentos, como eu e você, alguém que por um acaso do destino se encontrava do lado de um bando maluco de assassinos.
Será que eles estão sendo tratados como devem? É com violência que você combate a violência? E a família destes capangas, o que farão suas mães, mulheres e filhos? Como irão sobreviver? Essas são perguntas que não são respondidas pelo filme. Mas podemos conjecturas sobre elas. Ao matar aqueles capangas Cobra não somente agride o crime, mas também uma parte da sociedade.
Cobra é uma droga que a sociedade toma, uma droga que ameniza algumas mazelas, mas não as resolve. Cobra segue com a modelo numa perseguição de carros metralhando seus inimigos, vai para um vinhedo e continua a executá-los e mesmo já tendo matado quase todos, os assassinos não se intimidam, eles não tinham amor a vida. A parte final do filme é numa siderúrgica, onde a perseguição se estende.
Cobra mata um capanga jogando álcool em seu corpo e depois lançando nele um fósforo, o coitado começa a gritar e agonizar se contorcendo no chão. Cobra profere a seguinte frase: "Você tem o direito de permanecer calado." O mais forte dos capangas foi o que sobrou por último obviamente e trava o embate final com Cobra.
Cobra consegue apontar a arma pra ele, mas este o repreende dizendo que ele não pode matá-lo por que ele era um tira, que ele deveria levá-lo pra delegacia, como se Cobra fosse homem de levar homem pra delegacia, Cobra joga a arma no chão e decide entrar na porrada com ele. Sua frase de maior profundidade "Você é um coco. Eu vou matar você." deve ser creditada a dublagem brasileira, não existe no roteiro, mas sua inserção combina com a alma do espititiuoso Cobra. Cobra então enfia a barriga dele num gancho enorme que o levanta e leva ele até o forno que derrete ferro. É bem provável que ele tenha morrido.
O filme termina.
Por incrível que pareça o filme foi um fracasso de crítica.
Stallone não quis fazer uma continuação e emplacar outra franquia de sucesso, fomos privados de mais uma série de filmes de ação, talvez hoje ele lançaria um Cobra 4.
Stallone Cobra e suas máximas seguem como exemplo para a nossa e para as futuras gerações como modelo de hombridade, virilidade e macheza: "Com louco eu não negocio, eu mato!" "A culpa é do juiz. A gente prende e o juiz solta." "Você é a doença. Eu sou a cura". "Aqui a lei termina... e eu começo!".
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