terça-feira, 30 de abril de 2013
EUVÍ: Caso da dentista Cynthya, queimada viva por causa de 30 reais, reacende o debate sobre a redução da maioridade penal
Cynthia Magali Coutinho
Cynthia era mais uma brasileira batalhadora que tinha o sonho de vencer na vida com o suor do próprio rosto. Depois de muito estudar, conseguiu montar uma pequena clínica dentária em sua residência, onde era conhecida por tratar de graça seus pacientes pobres.
Mas o altruísmo de Cynthia seria abalado no dia 25 de abril de 2013, quando, enquanto atendia uma paciente, teve sua clínica invadida por assaltantes armados.
O crime
Um dos deliquentes apertou a campainha, mas quando Cynthia abriu o portão descobriu que ele não havia ido lá para arrumar seus dentes.
Com roupas caras e pilotando uma Audi, os criminosos forçaram a dentista a dar seu cartão para que um deles retirasse o dinheiro. Cynthia enfatizou que não tinha dinheiro, porém os bandidos não creram no que ela disse.
Quando foram sacar e descobriram que ela só tinha 30 reais, os marginais começaram a ameaçá-la, jogando álcool em seu corpo e acendendo um isqueiro.
Num momento de descontrole, um dos marginais, menor de idade, teria atirado fogo na dentista, que agonizou enquanto seu corpo queimava em chamas. Vizinhos ainda tentaram socorrê-la, mas já era tarde demais.
Devido a ganância dos bandidos, Cynthia Magali Coutinho foi condenada a morte com requintes de crueldade pelos seus algozes. Motivo? Dinheiro. Seus assassinos achavam que eles mereciam mais dinheiro do que ela poderia dar.
Comento:
Enquanto os marginais são presos um a um nós já sabemos o que aconteceu. Um grupo de bandidos organizou um assalto e chamou um menor de idade para ser o bucha, ou seja, ele cometendo os delitos já basta para aliviar a barra de todos os outros. Afinal, menor não comete crime né?
Quando pêgo, o menor já de pronto confessou que impiedosamente ateou fogo na dentista. Detalhe: o menor conta o episódio como se contasse o último episódio do Chaves, sem nenhum tipo de remorso ou constragimento.
Realidade
O menor sabe que a lei está do lado dele e que nem seu nome ou seu rosto podem ser exibidos. Passados 2 ou 3 anos, em que ele viverá as nossas custas na cadeia, ele voltará as ruas como um ilustre desconhecido pronto para fazer outro orçamento numa clínica dentária.
Se não fosse menor pegaria míseros 12-30 anos, podendo dar o ar da graça em liberdade depois de 2 quintos da pena, ou seja, depois de 5-12 anos. Como ele é menor pegará 3 anos no máximo, mas isso não significa que ele possa sair antes.
Esse menor consiguiu reacender o debate sobre a redução da maioridade penal no momento em que acendeu o isqueiro, provando que quem mata não é menor, é bandido.
Brasil
Esse é o nosso país. O país do bolsa bandido, onde os criminosos andam em liberdade e os inocentes se prendem dentro de suas casas. Um país onde o crime garante refeições grátis, mas o trabalhador passa fome.
Um país onde os culpados são premiados com benefícios e as vítimas são penalizadas por tudo. Um país onde uma vida dos bandidos é defendida bravamente por freixistas defensores dos direitos humanos, mas a vida do trabalhador vale menos do que uma obturação.
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