Em qualquer país do mundo a economia é o que rege as escolhas dos eleitores nas eleições. Em 1989, as coisas iam mal e o povo votou no Collor. Depois em 1994, o povo achou que as coisas estavam melhorando e votou no FHC, dando inclusive uma reeleição ao tucano em 1998.
Em 2002, as coisa estavam horríveis e o povo decidiu dar um voto de esperança ao Lula. Em 2006, a esperança já tinha ido embora com o mensalão e o brasileiro fez um voto de vista grossa para reeleger nosso presidente petista.
Em 2010, os tucanos colocaram seu candidato mais preparado, José Serra (ex-ministro, ex-deputado, ex-presidente da UNE, ex-prefeito e ex-governador) para o embate contra Dilma - que nunca havia sido eleita sequer ao cargo de vereadora. Felizmente ou não, depois de mais 500 anos de história o Brasil conseguiu eleger sua primeira presidente feminina - ou não.
Dilma atualmente tem cerca 60% de intenção de voto. Seria possível imaginar que Dilma está galopando quando se fala de economia. No entanto, a realidade é que o modelo econômico petista começa mostrar sinais de cansaço com um PIB de 1% e inflação alta, o que significa que estamos caminhando para uma estagfração.
Se Lula seguiu a risca o tripé econômico de FHC ( superávit fiscal, controle da inflação e câmbio flutuante), Dilma parece que vê a inflação e o superávit fiscal como itens não tão importantes. Dilma até chegou a dizer que o Brasil não pode sacrificar crescimento por causa da inflação. Que crescimento? Crescimento de 1%. Os países precisam de crescimento de 2% ao ano em média para conseguir gerar empregos para quem entra na economia.
[caption id="" align="aligncenter" width="1000"] Na época de FHC, o Brasil crescia mais que a média mundial. Atualmente, o PT cresce menos que a média mundial, mas distribui mais renda entre...[/caption]A inflação de Dilma já tem seu símbolo: o tomate. É óbvio, o tomate é um hortaliça que não é regra, mas exceção. A variação do preço do tomate tem causas muito mais complicadas do que a inflação. Mas a hortaliça, que dobrou de preço em um ano, infelizmente reflete a tendência de alta que muitos produtos alimentícios tiveram.
Infelizmente, essa alta na inflação prejudica mais as famílias pobres, que gastam a maior parte de seus orçamentos com a alimentação. Mas, felizmente para Dilma, o eleitor pobre dificilmente vai acreditar que a alta dos preços tem sua presidenta como culpada.
Como a meta da inflação parece que saiu da margem de erro, Dilma vai ter que gastar muita saliva para tentar justificar essa alta na inflação. Já tem gente querendo aumentar os juros, mas isto poderia conter ainda mais o famigerado crescimento de 1%.
A saída mais ponderada seria diminuir os gastos públicos colossais do governo, mas aí o PT teria que diminuir os gastos sociais e "aqueles" outros gastos também - coisas que não pensam em fazer perto de uma eleição.
O PT se encontra num beco com saída, mas a única saída é negar o caminho que trouxe o PT para o beco. Flexibilizar a economia e diminuir o tamanho do Estado não está nos planos da nossa presidente esquerdista.
Todos sabem que o modelo keneysiano que o Brasil adota irá gerar estagfração, assim como sempre aconteceu em todos os lugares do mundo. Só que quando for a hora de mudar esse modelo, é bem possível que o PT já tenha virado novamente oposição. Talvez nesse momento o novo governo seja obrigado a reduzir os loucos gastos do governo; mas, não com uma tesoura, e sim com um machado.
O preço dos alimentos cai no mundo todo, mas cresce no Brasil. Sinal de que a logística brasileira é péssima. O transporte de grãos aumentou 59%, informou O Globo. Sinal de que o PT em 10 anos fez pouco para melhorar nossa infraestrutura. Tudo indica que a política de gambiarras e surpresinhas praticada pela presidente não tem conseguido fazer muita coisa. Desonerações tributárias a esmo, medidas emergenciais, decisões que vêm e vão, pacotes repetidos têm sido medidas caras e ineficientes.
No domingo, O Globo mostrou que R$ 315 bilhões foram despejados pelo governo petista na economia nos últimos dois anos, mas só conseguiram produzir um pibinho acumulado de 3,6%. A desoneração da cesta básica foi incapaz de impedir o aumento do item. Em 12 meses, a média de reajuste beira os 30%.
A inflação preocupa porque é generalizada. O IPCA de fevereiro mostrou que 72% dos preços que compõem o índice subiram. Da mesma forma, o núcleo de inflação em alta é sinal que essa inflação não é causada por fatores excepcionais, sazonais ou circunstanciais – como é o caso do tomate. Se o IPCA subir, a taxa Selic pode acompanhar.
Enquanto que o tomate se torna um jóia preciosa que a nossa classe média insiste em comprar, também se torna um símbolo irônico das consequências das ações da nossa esquerdista de estrela vermelha e vestido rubro. Agora tomate está virando coisa de rico, o que não é um problema se olharmos por um lado. Dilma conseguiu fazer com que o povo tivesse mais dificuldade para conseguir jogar tomates nos seus governantes. Já que está tão dificil jogar tomates neles, que tal aproveitar que o preço não aumentou ainda e jogarmos uns pepinos na presidenta?
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