terça-feira, 30 de abril de 2013
Padre Beto, excomungado por defender a homossexuais
Excomunhão
O padre Roberto Francisco Daniel, que até no sobrenome carrega o nome do novo papa, é o mais novo ex-padre brasileiro. Motivo? Suas opiniões sobre a homossexualidade, que foram vistas por muitos como imcompatíveis com as doutrinas da igreja católica.
O agora ex-padre não poderá mais ministrar em nome da igreja, em outras palavras, está demitido. O clérigo ainda é sacerdote até que o Vaticano aprove sua excomunhão.
Motivo
O "inferno" astral do padre começou quando, em uma entrevista, afirmou que pode existir amor em relações bissexuais, que existe fidelidade em relacionamentos extraconjudais contanto que aceitos pelo cônjuge e disse defender mudanças na Igreja para a instituição não cometer o pecado de não saber amar o próximo.
As declarações fizeram com que um Bispo exigisse a retratação de Beto, que negou e manteve o que disse. Beto ainda confessou que teria sido conduzido a uma sala na presença de um conselho, onde teria ficado na condição de réu e recebeu a sentença.
Declarações
Em entrevista ao Globo, o padre ainda disse que a igreja é homofóbica e não tolera a reflexão. O padre enfatiza que não trocará de religião. Foi aberta no site Avaaz uma petição - adivinha? - a favor do padre.
Reincidência
Esse último evento teria sido a gota d'água para o Bispo Caetano, que não teria abdicado da paciência para lidar com Beto, que repetidas vezes teria causado desconforto a cúpula da igreja de Bauru no passado.
Definição
A excomunhão é a censura à comunhão com a igreja. Pode ser dada a homens ou grupos. É um direito legítimo da igreja e é dada a um batizado que discorda com os dogmas da igreja. O excomungado pode retornar, mas para isso precisa se arrepender.
Notoriedade
Agora o padre Beto é o novo paladino religioso da diversidade sexual. Sua excomunhão não poderia ajudar mais sua visibilidade. Beto não descarta um possível engajamento político e afirma não ser economicamente dependente da igreja.
Caso venha a se arrepender, pode até ser reintegrado como fiel, mas dificilmente voltará ao seu ofício clerical. Ele também não rebecerá nenhuma indenização.
Comento:
Todos adoram dar pitaco na igreja dos outros. Eu não. Não sou católico e o que é feito dentro da igreja pouco me interessa. Do mesmo jeito que atuo sem me preocupar com que católicos pensam, eles, católicos no exercício de suas fés, devem atuar sem se preocupar com o que penso. Logo, eles tem o direito de fazer o que quiserem.
Quanto ao padre, concordo com a postura dele em muitos pontos. Acredito que os homossexuais sentem amor e acho que, mesmo sendo pecadores como todos os outros, não devem sofrer qualquer tipo de preconceito na igreja.
Amar o homossexual é um mandamento, condenar suas práticas é um dever (de quem crê que é pecado). O fato de alguém ser pecador não deve ser impedimento para o exercício da fé.
Já que a igreja tolera fornicadores em suas fileiras, por que não estender tal tolerância aos gays? Os gays devem ser tratados com respeito e aqueles que não quiserem ou conseguirem largar suas práticas devem ser amados como todos os demais. ( Leiam Eunuco por amor ao Reino de Deus)
O padre Beto sabia onde estava entrando quando virou padre. Não pode se fazer de vítima. Não foi excomungado por defender homossexuais, ele foi excomungado porque recusa a concepção de família da igreja e declarou seu direito de questionar a mesma, mesmo fazendo parte dela.
A imprensa adora demonizar a igreja e santificar seus dissidentes como se fossem perseguidos. Ninguém é forçado a ser católico, mas os que escolhem ser não devem ser considerados heróis apenas por discordarem da instituição a qual juraram fidelidade. Como já sabemos, incentivar a desobediência pode ou não ser um ato de má-fé.
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