segunda-feira, 1 de abril de 2013
EUVÍ: Páscoa na China, já são 67 milhões de cristãos e crescendo
Hoje os Estados Unidos é o país com mais cristãos no mundo(246 milhões), mas isso pode mudar. Atualmente, especialistas creem que há no mínimo 67 milhões de cristãos na China, número esse que não para de crescer. Alguns otimistas acreditam que os reais números dos cristãos na China ultrapassem 100 milhões de pessoas e que se esse crescimento se manter a China se tornaria o país mais cristão do mundo.
Em 1949, a China tinha apenas 4 milhoões de cristãos, dos quais 3 milhões eram católicos e 1 milhão era protestante. O seguimento cristão que mais cresce é o protestantismo (58 milhões). Muitos analistas apontam que, enquanto até o fim do século os Estados Unidos quase que certamente perderá sua maioria cristã, existem boas chances do cristianismo ganhar peso na cultura e na geopolítica chinesa. Caso isso acontecesse, seria a China o principal expoente contra o islamismo radical no mundo. É interessante frisar o crescimento do cristianismo ocorrer enquanto a China floresce economicamente e educacionalmente. Durante a revolução chinesa cristãos eram humilhadamente obrigados a usar chapéis de burro pelas cidades da China - como é mostrado no filme Bambus no Inverno.
A constituição de abertura chinesa de 1982 contém garantias de liberdade religiosa, mas proíbe o "uso da religião para influenciar o ordem pública, na saúde dos cidadãos e no sistema educional do Estado". Toda vez que o governo chinês decide que uma religião estaria infringindo a lei ocorrem prisões, torturas e muitos são jogado em campos de re-educação.
Para que uma igreja protestante possa funcionar na China, deve ter seu registro aceito no Conselho Cristão Chinês, que é uma instituição do governo e muitas igrejas rejeitam fazer o registro, alegando que o chefe da igreja é Cristo e não o partido comunista. Geralmente o governo fecha as igrejas "ilegais" e prende os seus líderes, os sujeitando a todo tipo de desconforto.
Muitos têm esperanças de que com a chegade de Xi Jiping ao poder as restrições ao cristianismo serão amenizadas, mas existe no governo um medo latente de que um avanço do cristianismo possa comprometer o regime. Os católicos na China também não têm vida nada fácil, pois sofrem do mesmo medo de que uma interferência do Vaticano em assuntos internos da China possa influenciar os católicos chineses a se posicionarem contrários ao partido comunista.
Muitas vezes não apreciamos as liberdades que estamos aptos a gozar no nosso país. A lição que fica é que reprimir a religião alheia, apenas por conveniência política, pode não apenas ser um retrocesso, mas um negócio da China.
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