sábado, 25 de maio de 2013

Aécio no Ratinho: os tucanos e o DNA do assistencialismo



Dois dedos de prosa

Essa semana o futuro candidato do PSDB a presidência em 2014 deu uma entrevista no Programa do Ratinho. Devo admitir que mesmo sendo um conservador, não gostei da entrevista. Aécio me pareceu um pouco forçado em sua simpatia, mas nada que se compare a simpatia avessa de Dilma. O ponto mais interessante da entrevista foi pontuar a abordagem que o tucano terá daqui pra frente.

DNA no Programa do Ratinho

O ápice da entrevista foi o momento em que Aécio disse que se alguém fosse ao Programa do Ratinho, todos descobririam que o Bolsa família tem o DNA tucano. Logo, o Bolsa família tucaninho deve ser um argumento que devemos nos acostumar a ouvir ano que vem. Segundo Aécio, o Bolsa família seria a junção de benefícios criados pelo FHC. Explicando: 4 meses antes da eleição de 2002, FHC criou programas como Bolsa Escola, Vale gás e bolsa alimentação. O cadastro era separado para cada um dos benefícios, ou seja, só quem precisava de escola tinha o Bolsa Escola, só quem precisava de alimentação tinha o bolsa alimentação, etc. Só faltou  contar qual é o DNA do mensalão, pois esse é um filho de que ninguém quer ser pai.

Aécio paz e amor

O mais interessante foi a posição cordial de Aécio na entrevista, chegando até a dizer que o governo do PT teve sua importância na ampliação dos benefícios sociais. Aécio ainda mostrou estar afiado com as ruas quando divulgou que irá propor uma emenda com leis mais severas aos menores infratores. Aécio não falou da Petrobras, mas se falasse, ia repetir que não irá privatizar e sim revitalizar a empresa. Logo, Aécio tomou banho de uma linguagem populista para encarar a guerrilheira ano que vem.

Impressões

Infelizmente, as eleições de 2014 não serão sobre Bolsa família, mas sobre a economia. A turma do Bolsa família nunca vai deixar de votar nos petistas. Nem adianta os tucanos perderem tempo com esses eleitores iletrados que no passado conferiram a eles duas eleições. Se Aécio for light em 2014, vai perder. Ele só conseguirá convencer a classe média de que é hora de mudar se mostrar que tem uma agenda diferente da dos petralhas. Mas pelo andar da carroagem, tudo caminha para ser um eleição de assistencialista vs. assistencialista. Os petistas levam vantagem nessa briga, pois tem muito mais a oferecer ao povo no governo do que os tucanos na oposição. A história nos lembra: em guerra de populistas, o mais populista vence.

Pelo visto, com Aécio ou Dilma, o Brasil ainda será o país em que o filho do pobre receberá um cartão do Bolsa família de herança dos pais.

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