segunda-feira, 13 de maio de 2013

Governo do Rio estuda oferecer cursos de inglês para prostitutas e travestis para os turistas poderem ser melhor atendidos. Seria o início do Bolsa Traveco?





Notícia
Foi noticiado pela CNN e por um jornal belga alguns dias atrás que o governo de Belo Horizonte estava estudando oferecer cursos de inglês para as prostitutas, visando assim atender às demandas dos turistas na Copa das Confederações. Seria isso o início do Bolsa Prostituta?

Diversidade
Por mais estranha que fosse a notícia envolvendo as prostitutas de BH, fiquei surpreso mesmo quando li que o governo do Rio estava estudando fazer uma medida ainda mais ousada, ou seja, não estava apenas estudando dar cursos de inglês para prostitutas, mas também para travecos. Logo, se isso for pra frente, seremos o primeiro país a implantar o Bolsa Traveco.

Prazer bilíngue
Gostaria de saber que diferença faz para o nosso governo se as nossas prostitutas são anglófonas ou não, assim como para os turistas se serão atendidos por travecos em português ou em inglês. Uma prostituta não é remunerada por falar diferentes línguas, mas pelo que fazem com suas línguas.

Parece que tanto faz para alguém que quer prazer sexual se o objeto de seu prazer tem ou não uma tecla SAP. Todos sabemos que uma boa prostituta não precisa saber inglês para executar suas funções, tampouco de aulas para aprender a negociar e a contar dólares.

Educação precária
Por incrível que pareça, a "necessidade" de se ensinar prostitutas a língua inglesa já mostra como a educação no Brasil é horrorosa. Todos os meus amigos que visitaram a Europa já me contaram que lá todas as prostitutas sabem falar inglês sem precisar fazer cursinho, pois lá o ensino público é tão decente que todos já saem da escola sabendo falar inglês. No país onde as pessoas não sabem nem falar português, os políticos querem que as prostitutas falem até inglês.

Desperdício
Num país onde o pobre morre de fome e onde os mortos são empilhados nas filas dos hospitais, podemos ter certeza que ensinar inglês para prostitutas não é a prioridade. Ao invés de investirmos nas prostitutas e nos travestis, deveríamos no mínimo destinar esses recursos para a educação e para a saúde, pois apenas dessa forma poderemos construir um país melhor.

Segundas intenções
Fica claro que se essa medida se realizar, a intenção do governo do Rio de estender o ensino do inglês não somente às prostitutas mas também aos travestis tende apenas a transformar o Rio num pólo internacional do turismo sexual. Antes, nossas prostitutas e travecos eram produto de exportação; agora, viraram atração turística.

Generosidade
Oferecer cursinhos de inglês a travestis parece ser uma generosidade luxuosa do nosso governo. Privilegiar travestis com aulas de inglês parece ser uma forma desproporcional do governo agradecer aos serviços que eles prestam a nossa sociedade. Até onde eu sei, nem mesmo o símbolo dos apreciadores de travecos no Brasil, o ex-jogador Ronaldinho, faria uma generosidade dessas.

Dinheiro no lixo
Já que é pra jogar dinheiro público fora ensinando traveco a conjugar o verbo to be, por que o governo não aproveita e ensina inglês também aos nossos respeitosos mendigos?

Será que as prostitutas e os travestis são tão moralmente elevadas que são dignas de um cursinho e os mendigos não? Será que os mendigos não merecem dividir a sala com os travecos? Por que então não estender esse curso aos traficantes? Afinal de contas, sabemos muito bem que os turistas também irão precisar se comunicar muito com eles.

Conclusão
Parece que ensinar inglês virou a nova forma dos políticos retribuírem ao favores que já receberam das prostitutas, uma vez que são todos filhos delas mesmo. Certa vez escutei que a educação de um país deve ser medida pelo nível de proeficiência da língua inglesa. Se isso fosse certo, todas as Copas e Olimpíadas deveriam ser nos Estados Unidos, pois lá, até as prostitutas sabem falar inglês.

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