quinta-feira, 2 de maio de 2013

Imprensa sensacionalista afirma que Feliciano colocou na pauta de discussão da CDH projeto que autoriza "cura gay"




Notícia

Hoje acordei e dei uma olhada nos sites de "notícias" (Folha). Me surpreendi com uma notícia que informava que o deputado Feliciano teria colocado na pauta de discussão um extrevagante projeto que autorizaria - preparem-se! - a CURA GAY!

Meu deus! Logo pensei ao ler o título dessa notícia, que me induziu a fazer as seguintes constatações (erradas):

1- Feliciano acha que homossexualidade é doença.
2- Feliciano quer uma lei para curar os homossexuais.
3- Feliciano vai forçar gays a tratamento para serem curados.
4- Feliciano é um fundamentalista homofóbico, que agora que a imprensa largou do seu pé, resolveu mostrar seu verdadeiro lado fundamentalista para avançar essa lei calhorda.

Bem, depois de me informar sobre o que de fato aconteceu, cheguei as seguintes conclusões.

1- Homossexualidade não é e nunca foi doença e isso não está sendo discutido na Comissão de Direitos Humanos.

2- O que Feliciano votou na Comissão foi o Projeto de Decreto Legislativo 234/11, que torna sem efeito trechos do terceiro e quarto artido da Resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia.

Os tais artigos do Conselho Federal de Psicologia impedem que psicólogos exerçam ações que favoreçam a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas. Em outras palavras, está proibido um psicólogo tentar através da psicologia reverter a homossexualidade de um paciente que o procure para tal.

Reitero. Não se trata de proibir psicólogos de "curarem" gays. O que esses artigos fazem é que homossexuais que queiram mudar suas orientação sexual não possam contar com a ajuda de um psicólogo.

Os artigos do Conselho são tão cretinos que se referem apenas as práticas homoeróticas, ou seja, se um paciente hétero quiser a ajuda de um psicólogo para virar gay, pode; mas se, um gay quiser a ajuda de um psicólogo para virar hétero, não pode.

Logo, esses artigos violam os direitos profissionais dos psicólogos, que devem se sentir livres para poder ajudar seus clientes, independente da orientação sexual.

O artigo também afirma que os psicólogos não podem emitir opiniões que reforcem preconceitos sociais contra homossexuais como portadores de qualquer, desordem psíquica.

3- Esse decreto de Feliciano não trata gays como doença nem vai fazer com que sejam forçados a se tratarem, apenas vai acabar com o impedimento que alguns psicólogos ajudem quem os procura.

Comento:

Homossexualidade não é doença, mas o fato é que muitos homossexuais não gostam de sua orientação sexual e apelam a psicólogos para que ela seja mitigada. Nunca fiquei sabendo de alguém que tivesse conseguido amenizar sua condição sexual através de psicólogos, porém é um direito do indivíduo tentar e do psicólogo ajudá-lo.

O que esse episódio mostra é que sexualidade não é uma opção, pois se fosse, todos os homossexuais que procurassem ajuda virariam héteros.

Doença

Quanto a crença que a homossexualidade seja uma doença, nos anos 60 a ciência provou que homossexualidade não é doença. Quanto a religião, já li a bíblia inteira e ela não da margem para a ideia de que homossexualidade seja doença.

Para aqueles que creem que a homossexualidade é um pecado, por que um pecado seria uma doença? Parece-me óbvio que nem o pior dos deuses condenaria uma criatura apenas por estar doente.

Moral da história

A Folha mais uma vez induziu seus leitores ao erro, manipulando os fatos para jogar até os mais atentos leitores contra o deputado "pastor" Feliciano. Como das outras vezes, não haverá retratação e essa matéria circulará pela internet como se verdade fosse.

Graças a deus, homossexualidade não é doença, tampouco algo passível de cura; porém, é a imprensa tendenciosa que deveria estar procurando um genérico para seu desvio moral irremediável.

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