domingo, 12 de maio de 2013

O concurso Miss Bahia 2013 e o racismo no Brasil - uma apologia ao esteriótipo de beleza europeu?

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Proporção contraditória
Todo mundo adora não falar disso, mas eu vou tocar nesse assunto delicado. Das 30 candidatas a Miss do Estado da Bahia, o mais negro do Brasil, nenhuma é negra. Num estado com apenas 20% de brancos, apenas uma das candidatas aparenta não ser branca. Se a composição do concurso fosse estabelecida por cotas raciais, pelo menos 24 candidatas do Miss Bahia seriam negras ou pardas.

Muitos nas redes sociais se levantaram para denunciar que a própria seleção do concurso foi racista ao não ter uma só representante da raça negra no concurso.

Polemizando
Todas as candidatas chegaram no Miss Bahia 2013 porque passaram pelas eliminatórias municipais. Logo, todas ali já tiveram de provar que são as melhores de suas cidades. A função do Miss Bahia não é representar fidedignamente a composição racial da Bahia, mas sim escolher a candidata mais bonita para disputar o Miss Brasil.

O motivo pelo qual não há mais negras no Miss Bahia 2013 é porque as candidatas são escolhidas em eliminatórias regionais, e não "raciais".

Excepcionalidade
Da mesma forma que Suécia, França e Israel, mesmo sendo países de maioria branca, escolheram uma Miss negra, a Bahia tem todo o direito de escolher uma Miss Branca. Seria a Bahia racista por escolher uma Miss branca e a Suécia menos racista por escolher uma Miss negra? Será que o racismo só existe quando é "contra" os negros e não "a favor" deles?

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Coitadismo
Muitos adoram dizer que a beleza negra não é valorizada no Brasil. Estão certos. Nossas principais modelos e atrizes tem traços evidentemente europeus.

A realidade é que no mundo da moda uma mulher de pele bem escura sempre terá mais opções de trabalho do que uma negra mestiça, pois a moda privilegia o exótico.

Todos conhecemos belíssimas negras e mulheres loiras horrorosas. O fator étnico não influi cabalmente na beleza, mas alguns componentes dele podem criar um rosto harmonioso. A beleza é relativa, não podendo se submeter aos crivos raciais.

Beleza
Toda a beleza tem caráter de excepcionalidade. A beleza existe para separar o excepcional do resto. Se todos fossem bonitos, ninguém seria bonito. Alguém só é belo porque existe alguém menos belo para ser comparado. É natural que as pessoas também façam comparações aos traços étnicos.

Da mesma que nós, brasileiros, adoramos mulheres loiras, alemães, como eu já pude comprovar, preferem mulheres negras. Isso não se trata de racismo, mas da excepcionalidade da beleza que atrai aqueles que não estão acostumados com ela.

A beleza tem um componente exótico que é vital. No Brasil, ter olhos azuis é valorizado. Na Noruega, ter olhos castanhos é apreciado. No Brasil, ter cabelo liso é apreciado. No Japão, ter cabelo crespo é valorizado.

Hollywood
Boa parte do nosso padrão de beleza pode ser atribuído ao que é imposto pla mídia, onde os mais belos atores e atrizes sempre têm traços de beleza nórdica. Infelizmente, diferente do que acontece com os homens, os padrões de beleza branca são impostos as mulheres negras.

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Haley Barrey, Tyra Banks, Naomi Campbel, Wanessa Williams, Jada Pinkett Smith, Rosario Dawnson, Rihanna e a cantora Beyoncé são os principais símbolos da beleza negra nos EUA. Qualquer olhar crítico pode perceber que estas belas negras impõe a si mesma os padrões de beleza branca. Todas alisam o cabelo e por vezes o pintam de loiro - fora as que usam lentes. Todas elas têm a pele mais clara do que uma negra comum, ou seja, todas são belas mulheres negras pelos padrões brancos.
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Realidade
Abra qualquer revista de moda ou até mesmo uma revista Playboy - ou um filme adulto. Você verá claramente que a beleza negra é negligenciada tanto no mundo masculino, como objeto sexual, como no feminino, como referência de beleza. Existem muito mais mulheres brancas nas capas das revistas masculinas e femininas do que a real proporção delas na sociedade.

Na parte masculina, não podemos esquecer que muitos negros consomem essas mídias e acabam promovendo a perpetuação de valores que os desvalorizam. Logo, não existem inocentes nessa equação.

No entanto, boa parte dessa discrepância se deve ao fato do poder aquisitivo ainda estar mais concentrado entre os brancos. Em plena época do Apartheid, comerciais de TV raramente exibiam negros, pois o consumo deles era inferior ao dos brancos e dos "coloreds".

Asiáticos
Negros não são os únicos a sofrerem com os esteriótipos de beleza branco. Atualmente, em países como Inglaterra e Coreia, é comum asiáticas fazerem cirúrgias nos olhos para se assemelharem mais do viria a ser a beleza branca. Muitos também são os casos de árabes que mudam seus narizes com o mesmo fim. Abaixo as candidatas do Miss Coreia:
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Cotismo
A ideia de separar cotas para misses negras é uma atraso. O cotismo apenas prejudicaria o estado que seria obrigado a dispensar boas candidatas apenas pela cor de suas peles.

Aprovar cotas para determinado grupo geralmente é reconhecer sua inferioridade na sociedade, o que não é o caso dos negros e dos asiáticos. Porém, enquanto nossas mulheres admitirem gastar dinheiro e horas semanalmente para alisar o cabelo, não poderemos reclamar de muita coisa.

A saída é evidenciar mais ícones de beleza verdadeiramente negros, principalmente mulheres assumidamente com traços negros. Só assim o padrão de beleza negro será valorizado.

Hipocrisia

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No país mais miscigenado do mundo, estamos acostumados a ver negros ao lado de belas loiras. Não há nada de errado com isso. Achar que a pessoa deve ter sempre a parceira de sua cor é que é errado e racista. O negro tem o direito de escolher sua parceira do mesmo jeito do branco. O fato de haver negros e pardos que valorizam a beleza branca não faz da nossa sociedade racista, pois estamos cansados de ver também o contrário.

Conclusão

A única cota que o Brasil precisa sempre será a cota de bom senso.

10 comentários:

  1. Olha só que irônico, para contrariar esses racistas e cotistas, a miss Floripa 2013 é negra, e linda.

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  2. Só tenho uma coisa pra dizer: uma pessoa que perde seu tempo escrevendo um texto sobre padrão de beleza só pode ser uma pessoa superficial e fútil. Padrão de beleza não serve para nada realmente importante na vida, pergunte a Vera Fischer, por exemplo, miss Brasil aos 17 anos e sua carreira toda fundamentada na beleza, o que ela conseguiu com isso, além de dinheiro (que a gente não leva dessa vida) e uma péssima reputação, além de ser uma pessoa claramente desequilibrada. Vou te dar um outro exemplo: que beleza física tinha Irmã Dulce da Bahia? Que vaidade ela tinha? O que eu sei é o ser humano maravilhoso que ela foi, a alma sublime e caridosa cuja obra até hoje existe, ajudando milhares de baianos e por que não dizer brasileiros . Eis a verdadeira vida, não essas superficialidades globais e hollywoodianas às quais você não deveria dar nenhuma atenção, mas infelizmente dá. Pense sobre isso: o problema não é o padrão de beleza, mas a importância que se dá a ele. E a importância que cada um dá a ele (o padrão de beleza) fala sobre quem esse alguém é. Então, dito tudo isso, me diga quem você é?

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  3. Cara Sandra, obrigado pelo comentário.

    1- Uma pessoa que escreve um texto sobre beleza teve de pesquisar sobre o assunto para não falar besteira. Inclusive esse mesmo texto já serviu de referência para matérias nacionais e internacionais. Não me julgue como futil e superficial sem ao menos me conhecer. Isso é coisa de gente hipócrita.

    2- Peço desculpas a sra. se se sentiu ofendida pelo meu texto. Só tentei mostrar a realidade que existe fora da concepção de coitadismo e racismo que a nossa sociedade promove.

    3- Padrão de beleza não serve pra nada? Tem monte de gente que vive da beleza e muitos que a usam como uma forma de se apresentar melhor aos demais. Como já dizia Chico Xavier, perguntado do porquê que usava peruca: "Não agrida as pessoas com a sua feiura'.

    4- Em nenhum momento eu falei que a Vera Fischer era exemplo de alguma coisa.

    5- Em nenhum momento falei mal da irmã Dulce. Muito pelo contrário. Ela é sim um exemplo.

    6- O MEU TEXTO NÃO FOI SOBRE A IMPORTÂNCIA DA BELEZA! Apenas é uma análise sobre um concurso de Miss que gerou polêmica na internet. Ou a senhora não leu o que escrevi ou leu com preconceito no coração, pois seu julgamento da minha pessoa se baseou em conclusões descabidas.

    7- Eu não dou atenção à celebridades, apenas as citei para reforçar meu argumento. Me dê um desconto por favor.

    8- O padrão de beleza é um problema sim, pois conforme escrevi, ele faz com que mulheres negras sejam marginalizadas. O padrão de beleza essencialmente branco é a razão da beleza negra não seja valorizada.

    9- Mesmo não se importando com a beleza alheia, ela existe e não podemos fingir que ela é invisível. A beleza está nos olhos de quem vê, mas existem arquetipos claros que reforçam a noção de beleza.

    10- Quem sou eu? Brasileiro, miscigenado, solteiro, economista, 24 anos, carioca, detesto injustiça, me considero bonito mesmo sabendo que sou feio. Não julgo os outros sem conhecer antes e procuro me informar antes de falar de alguma coisa.


    Peço desculpas por qualquer coisa Sandra.

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  4. QEA, o problema do texto é que tem algumas premissas equivocadas quanto ao que vem a ser de fato racismo, bem como as ações afirmativas utilizadas no seu combate.
    O racismo NÃO É UMA VIA DE MÃO DUPLA..., ele SEMPRE aparece em função de um posicionamento HISTÓRICA E CULTURALMENTE colocado em uma sociedade, ou seja, não há "troca de posições" no racismo em uma sociedade, ele é sempre realizado a partir do lado tradicional e socialmente valorizado e contra os lados social e historicamente discriminados, o que pode ocorrer é INSURREIÇÃO ou quando muito REVANCHE (como em alguns países, onde os ex-colonizados assumem uma posição generalizadamente hostil em relação aos ex-colonizadores, não em função de crença em "superioridade" mas pura e simplesmente pela lembrança dos maus-feitos impostos pelo grupo que saiu majoritariamente do poder) .

    A beleza de fato não é uma questão de origem étnica-racial, mas O PADRÃO estabelecido em uma sociedade CRIA SIM relações de valorização e inferiorização em função disso, ou seja, o reconhecimento da beleza de pessoas do grupo historicamente estigmatizado, até ocorre, mas como em todos os outros casos, são exceções e apenas admissíveis pois contém tão extraordinário valor que não há como nega-lo.

    Logo, se um país escolhe uma miss que não corresponde de fato ao seu "padrão" , está dando demonstração de permeabilidade aos padrões minoritários, já o contrario indica que o racismo está presente, pois ao manter historicamente um padrão de beleza que exclui sistematicamente os grupos minoritários (e não estamos falando em quantidade, mas sim "valorização social" ) está mantendo práticas racistas sim... é a maioria dos casos que ocorrem no Brasil, a exceção é tão rara que quando acontece ganha evidência solar...

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  5. 1-Em primeiro lugar, obrigado pelo seu comentário muito inteligente.

    2-Em segundo, desculpe se eu te ofendi de alguma forma, não foi essa a intenção.

    3-Concordo em parte com o que você disse, mas ainda acredito que qualquer país de maioria negra que escolha uma miss branca não está sendo racista da mesma forma que um país de maioria branca que escolhe uma miss negra também não está sendo racista.

    4- Eu disse que o padrão de beleza essencialmente branco realmente subjuga outras etnias, que tem que se assemelhar dele para serem considerados belos.

    5- Quanto a perseguição que acontece na África com ex-colonos brancos, de fato não é racismo, mas rancor histórico.

    6- Desculpe, não acho que esse concurso de miss evidencia racismo. Essa é uma lógica coitadista. O concurso deve prezar pela meritocracia, não por critérios raciais, sociais ou religiosos.

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  6. Bom Qea, acho que precisamos detalhar as coisas...

    De fato (e como eu disse) não é o evento de um país que tem uma determinada maioria fenotípica ou (fenotipia prevalente socialmente) escolher alguém de um grupo minoritário que configura racismo, mas sim quando essa "escolha" reflete e repete incessantemente o padrão do grupo socialmente dominante e virtualmente apenas o dele..., uma coisa é um país africano que tem mais de 95% de habitantes pretos eleger majoritariamente pretas, outra é um pais europeu que tem 95% de população branca eleger majoritariamente brancas e outra é um país multiracial como o nosso onde apenas 50% da população é branca, a recorrente prática de eleger quase que sempre o "padrão europeu", se o Brasil fosse um país não-racista haveria uma NATURAL mixagem desse padrão em proporções também naturais, ou seja meio a meio, o que efetivamente não ocorre, salvo raríssímas exceções, em em se falando de Bahia, a coisa fica ainda mais injustificável (essa lógica serve para todos os espaços de ocupação social, vide universidades públicas antes das cotas...)

    No caso desse concurso específico,apesar da concorrente vencedora ter sido excepcionalmente uma das duas únicas negras (que mal aparecem ao fundo da foto) o que e fica evidenciado é que o "padrão" de beleza está larga e tradicionalmente viciado... (é eurocentrico) , não há problema real em que baianas brancas sejam eleitas misses em suas cidades, mas há algo muito errado, quando uma população que é mais de 80% negra, colabora com apenas 6% das "beldades" enquanto os outros 20% respondem por 94%... .

    A ideia de "mérito" seja em qual situação for não se mede por "pontuações absolutas", mas pelas condições prévias à competição e "esforço" proporcionalmente empregado, ou seja, o "mérito necessário" de quem já nasceu com um "padrão socialmente favorável" é sempre menor do que o de quem não..., isso vale para qualquer competição, seja em um vestibular, seja na busca por emprego, seja em um concurso de beleza...

    Não há que se falar em "coitadismo" quando é obvio e ululante que há comprovadamente em nossa sociedade histórico tradicional de favorecimentos e desfavorecimentos em função da cor/raça, há grande diferença em "chorar de barriga cheia" e "chorar quando há fome efetiva", e quando TODOS os indicadores sociais conduzem claramente ao entendimento de que cor/raça é uma variável real e de muito peso nessa equação social/econômica/cultural/estética, o ato de expor e reclamar e reivindicar correção não pode ser visto como "coitadismo" mas sim percepção apurada da realidade e insurreição contra o estado das coisas... .

    Se é verdade que um concurso qualquer não tem como finalidade principal estabelecer representatividade/coerência racial, ao deixar de faze-lo naturalmente sinaliza que de fato há o estabelecimento de um padrão excludente, dai a necessidade de se quebrar o paradigma, ocorre que isso não acontece naturalmente e nem "por bem"..., é ai que entram as ações afirmativas..., caso das cotas, que "forçam" a sociedade a reproduzir a diversidade de uma situação que ela insiste tradicionalmente em não enxergar/aceitar.

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  7. 1- Mais uma vez obrigado pelo comentário e pelas contraposições educadas e inteligentes de ideias.

    2- "mas sim quando essa “escolha” reflete e repete incessantemente o padrão do grupo socialmente dominante e virtualmente apenas o dele".

    É evidente que os jurados das eliminatórias do Miss Bahia( imagino eu que em sua maioria brancos) irão se identificar mais com o padrão de beleza branca, pelo fato deles também serem brancos. Privilegiar padrões de beleza estabelecidos numa sociedade não é racismo. Se fosse, um negro que alisa o cabelo e põe lentes verdes estaria cometendo um tipo de racismo.

    3- O que você fala sobre o padrão de beleza eu concordo. Nosso padrão de beleza é branco, mas isso não considero isso como racismo.

    4- Quanto as cotas. Sou terminantemente contrário a elas por ter estudado numa universidade com sistema de cotas. Negros não são inferiores a brancos para precisarem de uma ajudinha. O ser humano branco ou negro tem o mesmo potencial.

    As cotas deveriam ser para pobres. Por que motivo um negro rico precisa de uma cota e um branco rico não precisa? Ao meu ver, isso é racismo. Se entro num escritório de computação (exemplo real) e vejo que só há asiáticos ali, não considero a empresa racista se a seleção foi por mérito. Essa necessidade de compor toda a sociedade de acordo com a demografia do local é uma utopia.

    5- Quanto ao fato da vencedora do concurso ser negra, depois de tanta polêmica, me desculpe, mas acho que ela só venceu por que os organizadores do concurso não queriam parecer racistas e fizeram a decisão politicamente correta de eleger uma das duas únicas negras. Não sei se ela venceria se fosse não fosse pela polêmica, pois nos últimos 6 anos todas as vencedoras foram brancas.

    6- Essas desproporções são normais. Na NBA, 70% dos jogadores são negros, sendo que são apenas 15% dos EUA. Seria uma desproporção racista? NÃO, pois eles chegaram lá pelo mérito. Sempre haverá desproporção porque o mundo não é medido de acordo com a cor da pele, mas pelo esforço e pelo talento. Racismo existe e o fato dos negros sempre estarem subrepresentados denota que há preconceito contra eles ou que eles não tiveram o esforço necessário.

    7- Quanto ao mérito, um negro que tem 2 metros sempre vai ter mais chances de ser jogador de basquete do que um nordestino de 1,5 metro. Um já nasceu com vantagem. Não é possível equalizar essas discrepancias se a seleção do time almeja escolher o melhor. Logo, fazer uma cota de nordestinos(geralmente mais baixos) para um time de basquete apenas pioraria a qualidade de um time.

    8- O fato de negros estarem numa pior nos índices socioeconômicos se deve pelo fato do poder estar historicamente concentrado entre brancos. Eu, um pardo de descendência indígena e nordestina, sei que os pardos também estão num patamar inferior socialmente falando em comparação com brancos.

    9- Já tomei dura da polícia sem explicação, velhinha já escondeu a bolsa quando me viu a noite e sempre tenho dificuldade de pegar taxi a noite. No entanto, não é por causa disso que vou me vitimizar. Isso não é justificativa para que eu creia que a sociedade tenha que ter uma cota para mim. Isso é sim coitadismo, me desculpe. Vencedores usam suas humilhações para seguir em frente, derrotados as usam como desculpa para seu fracasso.

    10- Forçar a sociedade a ter cotar "raciais" é um absurdo. Uma injustiça não justifica outra injustiça. Quem precisa de cota são os pobres e os deficientes físicos, pois estes de fato o Estado precisam de uma desigualdade do Estado para competir com o resto em igualdade.

    http://acidblacknerd.wordpress.com/2013/05/10/10-motivos-para-ser-contra-as-cotas-raciais/

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  8. Tô achando que tá rolando uma paixão recolhida entre esses dois caras aí de cima. Argumenta você, ah, não, argumenta você, vai. Uuuuui.

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  9. hehhe obrigado pelo comentário. Seu comentário foi a cota de humor desse post. Não existe animosidade aqui, apenas um debate franco de ideias. Quanto à paixão recolhida, não recolho meus sentimentos, mas amo a todos aqueles que estão a minha volta.hheheh

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  10. Um dos maiores problemas dos debates na época em que se discutia pro e anti cotas, é que os anti-cotas faziam questão de "exigir provas" do racismo brasileiro, da cor como variável real na equação social, etc... etc..., ai depois de se gastar horas e horas de pesquisa, leitura e concatenação lógica, se colocava o resultado a disposição, resultado e indicações que eram solenemente ignorados, não compreendidos ou distorcidos, para em seguida serem contestados sempre com os mesmos argumentos sem a devida base/referência teórica validada, e quando se reclamava da prática de debate baseada apenas em linha opinativa pessoal e sem base teórica, ou era ignorado ou se recebia "referências" sem respaldo acadêmico (ou de consenso majoritário), "fontes" igual e meramente opinativas, não confiáveis , descontextualizadas ou tendeciosamente minoritárias (no sentido de minoria numérica/ elitista)... .

    A negação/desconsideração do racismo é a única coisa que consegue unir neo-liberais e comunistas... , no caso de Cuba tanto os governistas quanto a oposição tentam "varrer para baixo" do tapete essa questão... , coisa que o MOVIMENTO NEGRO CUBANO (sim, perseguido e ocultado pelo regime castrista, mas existe), quer saber ou divulgar a REAL situação ? então é melhor usar as fontes corretas... Carlos Moore, Ferrer... , olha esse post em meu blog (já tem alguns aninhos) : http://blogdojuarezsilva.wordpress.com/2009/10/25/preso-lider-do-movimento-negro-cubano-2/

    E como disse, nem entro mais nessa discussão de cotas, isso já é passado, quem tinha que entender entendeu e fez o que tinha que fazer, quem não entendeu ficou do "lado errado da História" e vai ficar ad eternum no "chororô " inócuo, com certeza se procurar, vamos encontrar ainda hoje gente "jurando" que a terra é plana e não redonda... mas isso não muda a realidade :-)

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