segunda-feira, 6 de maio de 2013
Jason Collins, o atleta gay
Notícia
Jason Collins, atleta profissinal do Washington Wizards, chocou o mundo do esporte ao aparecer na capa da Sports Ilustrated como o primeiro atleta gay a sair do armário na história dos 4 principais esportes americanos.
Repercussão
A notícia veio apenas três dias depois do término do contrato de Collins. Um atleta que nunca chamou atenção dentro de quadra ganhou uma notoriedade tamanha que até o presidente Barack Obama - que muitos suspeitam que "torce" pro time de Collins - deu declarações em que parabenizava a coragem do jogador.
Vestiário
Vários jogadores experientes da NBA deram apoio a decisão de Collins; porém, nos vestiários, a história deve ser diferente. Muitos colegas de profissão devem ter ficado encomodados de dividir vestiário com um atleta que sente atração sexual por homens. Boatos já dizem que os manda-chuvas da NBA não gostam nada da ideia de haver gays assumidos nos times, pois isso prejudicaria o desempenho das equipes e desviaria o foco para a sexualidade dos atletas.
Imprensa
A imprensa abraçou a decisão de Collins, afirmando que a coragem dele deve fazer outros atletas a também sair do armário e ajudar no combate à homofobia. Na prática, não é isso que deve acontecer. Collins está em final de carreira e tem pouco a perder ao sair do armário. Jovens atletas gays vão prestar atenção nas consequências do ato de Collins para ver se é algo que pode prejudicá-los no futuro. É bom levar em consideração que Collins está recebendo apoio não pelo fato de se gay, mas pelo fato de ser o primeiro a ter coragem de se assumir como tal na NBA.
O interessante é que a imprensa pode tentar engrandecer ele, que é um jogador mediano, em quadra apenas para causar polêmicas. É provável que muitos colegas de time não gostem de ser tratados de forma diferenciada. Todos sabemos que no machista mundo dos esportes, a torcida e times adversários vão tentar zombar da sexualidade de Collins e vinculá-la ao Washington Wizards - assim como ocorreu com o São Paulo quando havia um jogador gay na equipe.
Patrocínio
A JetBlue, a Absolut e a Nike resolveram manifestar apoio a decisão de Collins. Mas a maioria dos anunciantes sem uma conexão com Collins parecem ter evitado o tema. Algumas pessoas acusaram a JetBlue, uma companhia aérea sem qualquer tipo de relacionamento com a NBA ou Collins, de forçar a barra para transformar em oportunidade de marketing um momento histórico na luta pelos direitos dos gays.
A Nike, que mantém contrato com Collins, manifestou suporte ao jogador. “Admiramos a coragem de Jason e estamos orgulhosos do fato de ser um atleta da Nike”, declarou um porta-voz, em comunicado oficial, se recusando a revelar se a marca incluiria Collins em breve numa nova campanha. “A Nike acredita em disputas desportivas nas quais a orientação sexual dos atletas não é levada em consideração.”
É bom levarmos em consideração que a decisão de Collins o torna um garoto propaganda perfeito para produtos voltados a diversidade sexual - mercado exigente e altamente lucrativo.
Ex-noiva
Collins teve um relacionamento de 8 anos com uma atraente loira, que quando questionada sobre a homossexualidade de Collins, afirmou que nunca desconfiara de nada nos tempos em que sonhavam se casar e ter filhos. A ex-noiva do jogador afirmou ainda estar supresa e que não acredita que seu relacionamento de 8 anos tenha sido apenas uma fachada para Collins.
Comento
A vida é dele e ele faz o que ele quiser com ela! Ponto final! Não vejo por que dar tanta ênfase a essa notícia. Se ao menos ele fosse um jogador de destaque na NBA, mas já tem muita gente até questionando homossexualidade dele, suspeitando que ele só fez isso para se promover. Tomara que a discriminação contra os gays no esportes diminua com essa notícia.
Aqui no Brasil, boatos de casos gays nas concentrações são recorrentes em esportes como futebol e vôlei. Quem não se lembra daqueles boatos envolvendo o Edmundo e um outro jogador?
Quando o esporte é feminino, o nível dos boatos parece ter veracidade jornalística. Muitas atletas mantem verdadeiros relacionamentos homossexuais estáveis e o público finge que não acredita. De qualquer forma, a sexualidade não entra em quadra, assim como o credo e as ideologias políticas dos atletas. Afinal das contas, ser jogador de basquete já é uma função irônica para Colins, uma vez que sua única função é ajudar seu time a jogar a bola no buraco adversário.
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