quinta-feira, 2 de maio de 2013

10 motivos para ser contra a pena de morte

Pena de morte, ou pena capital, é o nome que se dá a punição que tira a vida do criminoso. Geralmente é usada contra pessoas que cometem crimes hediondos, existindo em alguns países para corruptos, para hereges e para traidores em tempo de guerra.

Mesmo sendo um defensor da vida, confesso que muitas vezes penso que a pena de morte poderia sanar algumas mazelas na sociedade. No entanto, ela poderia criar outras.

Geralmente eu não faço isso, mas tive de dividir os dois lados em duas postagens.



10 motivos para ser contra a pena de morte

1- A pena de morte por parte do Estado institucionaliza a pena de morte que já existe por parte dos bandidos. O Estado, quando decide matar, toma para si um direito que nega aos seus cidadãos. Logo, a pena de morte é uma contradição por parte do Estado.

2- A pena de morte pode até economizar dinheiro das refeições e estadias dos presos, mas ela é completamente imcompatível com o papel do Estado de Direito. Todos temos o direito inalienável a vida. Não é pelo cometimento de um ato criminoso que o cidadão perde seus direitos colocados na nossa Constituição.

3- A pena de morte não tem como ser corrigida. Se depois que a sentença for dada e executada, novas provas surgirem comprovando inocência, não haverá como retroagir a sentença nem pagar a devida indenização pelo erro cometido.

Em suma, com a pena de morte o Estado assume para si o risco de matar seus condenados, mesmo sabendo que parte deles podem ser (ou são) inocentes.

4- Todos sabemos que a pena de morte apenas afetará pobres e negros das regiões desfavorecidas do nosso país, que não tem recursos para contratar um bom advogado. Todos sabemos que uma pessoa rica poderá contratar um adovgado para apelar até as últimas instâncias, nunca sendo punido com a morte.

Logo, a pena de morte apenas fomentaria a desigualdade social que já existe no nosso país. Além disso, o nosso judiciário ficaria ainda mais imobilizado com a quantidade de recursos.

5-  A pena de morte não é efetiva porque não reduz a criminalidade. O criminoso não mensura sua pena na hora de cometer o crime, prova disso é que comete seus crimes achando que não será punido.

Ademais, a pena de morte não é punitiva para quem cometeu um crime hediondo. A morte é pouco para quem roubou a vida de uma família. O criminoso deve apodrecer na cadeia pensando no que fez, de preferência trabalhando e destinando parte de seu soldo à família de suas vítimas.

6- Nos Estados Unidos o custo para matar um preso é maior do que o para mantê-lo na cadeia. O Estado deveria se esforçar para que a pessoa não cometa crimes, não se empenhar em aumentar a pena desses.

7- A pena de morte é apenas a forma da sociedade se vingar de cidadãos que muitas vezes foram oprimidos pela sociedade. A mesma sociedade que é desigual e fomenta injustiças, culpa o indivíduo que comete crimes ao invés de culpar a si mesma. Logo, a pena de morte é a vingança contra os injustiçados.

8- Matematicamente, a pena de morte não diminui mortes, ela apenas as aumenta. A pena de morte mostra como o sistema prisional é incapaz de regenerar um indivíduo, jogando a responsabilidade que é do Estado a fim de punir o criminoso com a vida. Logo, a pena de morte nega ao criminosos a chance de se reintegrar na sociedade.

9- A pena de morte é desleal, pois tira a vida do criminoso sem antes dar a ele a chance de se arrepender e ressociabilizar. O criminoso deve ter ao menos uma chance de provar que pode ter sua vida regenerada pelo sistema prisional.

10- Como se diz nos Estados Unidos: Two wrongs do not make a right( Dois errados não fazem um certo). Matar é errado, é um crime, é imoral e para muitos, viola a liberdade de suas crenças.

Um indivíduo que trabalhasse no sistema penal ,que se convertesse a uma religião ou ideologia humanista, teria que violar suas crenças para exercer sua profissão. A pena de morte viola os direitos humanos dos executados e dos executores.

Ao aprovarmos a pena de morte, nos aproximaremos dos regimes mais sanguinários da história, como os regimes nazistas, os governos comunistas e as teocracias islâmicas. Caso queiramos nos opor ao genocídio legal imposto aos que relativizam e desprezam a vida humana, devemos combater qualquer medida que venha banir o caráter precioso e excepcional da vida.

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