quarta-feira, 1 de maio de 2013
10 motivos pelos quais o corpo é meu e quem manda nele (não) sou eu
A desonestidade intelectual é comum em algumas fatias da nossa sociedade, que para avançar suas ideias, apelam muitas vezes para os gritos e para os protestos com seios de fora. Negam-se ao debate e acusam os muitos argumentos de seu opositores de retrógrados, religiosos (mesmo quando não são) e falaciosos.
No entanto, o que assistimos anualmente na famigerada e beligerante Marcha da Vadias é o uso ideliberado do argumento falacioso do "o corpo e nele quem manda sou eu". Logo, como o corpo seria delas, acham-se no direito de justificar o aborto, pois o feto seria propriedade da mulher e essa teria o direito de decidir o que fazer com seu corpo.
Vamos destruir essa mentira tão repetida em 10 partes:
1- Primeiro os argumentos mais usados. O feto não faz parte do corpo da mulher. O sujeito ativo da gestação é o feto, que inclusive escolhe quando a mulher vai ao banheiro. Logo, o feto não fazendo parte do corpo da mulher, não pode ser responsabilizado ideliberadamente por suas atitudes.
2- Metade dos fetos são do sexo feminino, que se abortados, jamais poderão mandar em seus corpos. Logo, o argumento em questão engloba apenas mulheres que estão fora da gestação.
3- Sim, o seu corpo é seu, porém isso não significa que o feto é de sua responsabilidade apenas. O feto, não carrega somente o material genético da mãe, mas também do pai. Logo, a segurança do feto é tanto do pai quanto da mãe, que não deve arbitrariamente decidir sobre a vida de seu filho sem que o pai seja questionado.
4- O feto não é propriedade da mãe. O feto não é um bem que possa ser comprado, vendido e jogado fora. O feto é um ser humano em formação e sua vida deve ser respeitada. A vida não é matéria para possível de ser posse de alguém. A escravidão acabou e o feto não é escravo de sua mão-senhora.
5- A mão não é proprietária de seu filho, mas sua cuidadora. Essa é a realidade. A esmagadora maioria das mulheres instintivamente protege seu feto a despeito de todas as adversidades. Não se pode aceitar que a mulher que não tem amor para carregar seu filho a vida seja tão nobre quanto a que carrega seu filho contra tudo e todos.
6- O progenitor não é dono de seus descendentes. Um pai não pode estuprar sua filha, apesar de seu "sua". Uma mãe não pode matar seus filhos recém-nascidos, apesar de tê-los gerado e de serem "seus". O fato de ter concebido alguém não te dá o direito de fazer da vida dele o que bem entender.
7- O feto não é cancer para ser arrancado como se não tivesse qualquer direito. Do mesmo jeito que a mão tem o direito de escolher o que fazer (inclusive o direito de escolher agir e consequentemente engravidar), o feto tem o direito a vida. O direito a vida é maior que o direito de decidir. Alguém só escolhe porque está vivo. Sem vida ninguém faz escolhas.
8- O corpo da mulher pode ser dela, mas isso não lhe dá o direito de fazer o que bem entender com ele. Exemplo: Uma mulher não pode destruir patrimônio público com seu corpo. Uma mulher não pode cometer crimes com seu corpo, mesmo que queira ou a induzam para isso.
9- O aborto é uma terrível agressão ao corpo da mulher. As feministas não costumam enfatizar isso, mas o aborto aumenta as chances da mulher contrair câncer, aborto natural, depressão e etc.
Do mesmo jeito que o Estado não pode permitir que uma ,mulher cometa uma agressão contra si sem fazer nada para impedir, o Estado deve impedir que ela aborte.
10- Ninguém faz o que quiser com o próprio corpo. Todos somos obrigados na sociedade a ter obrigações e a correspondermos a padrões sociais preestabelecidos. Se a mulher é capaz de conscientemente escolher atuar num ato, deve também responder pelas conseguências dos riscos anteriormente mensuráveis (juntamente com o homem).
Se a mulher não é capaz de tomar a responsabilidade de seus atos, não é o feto que deve sofrer na pele por isso. O feto não pertence a uma pessoa, mas sua vida é de responsabilidade de toda a sociedade. Hipócrita é toda a sociedade que não preza pela vida de seus inocentes.
Meu corpo, minhas regras? Ninguém é dono da razão para estar acima das regras impostas a todos. Todos estamos submetidos a regras que não escolhemos ou concordamos, mas ninguém deve tomar para si o privilégio de achar que nossos direitos são inalienáveis e nossos deveres discricionarios.
A mulher pode não ter vindo da costela do homem, mas todo o homem (e mulher) veio do útero de uma mulher. Logo, por que motivo não protegeríamos a vida no útero, uma vez que ele já foi a primeira e comum morada de todos nós?
Bônus: O fato do feto estar alojado geograficamente dentro do corpo (propriedade) de uma mulher não lhe dá o poder de expulsá-lo. Uma mulher não pode expulsar um bebê de seu sua casa, matando-o como resultado, mesmo esta sendo sua propriedade e o bebê sendo intruso. O mesmo vale para um carro, um barco ou um corpo. Uma mulher não pode matar um intruso que entra em sua propriedade, ainda mais se o intruso é um feto inocente.
Conclusão
Todos sabemos que existem abortos sendo feitos no Brasil, porém legalizar um erro não garante paz para a sociedade. Assassinatos e estupros, assim como o aborto, são cometidos mesmo sendo crimes para o Estado, que não é capaz de impedí-los. No entanto, a legalização de crimes não necessariamente melhora a realidade existente.
Além do mais, se alguém, independentemente de sexo, achar que inocentes devem morrer por causa da imprudência alheia, é porque seu lugar certamente é numa marcha de vadias.
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