quarta-feira, 24 de abril de 2013

Comentário da semana: O doutor Morte E MUITOS argumentos contra o aborto






Fiz uma postagem a pouco tempo sobre o macabro caso do aborteiro Kermit Gosnell, o Dr. Morte, que mesmo cometendo uma série de crimes contra humanidade, recebe apoio incondicional de algumas partes da imprensa liberal americana, que simplesmente ignora o caso.



Como resultado de minha postagem recebi um sensato e inteligente comentário que mostra bastante o pensamento das pessoas comuns quando analisam essa situação. Vide abaixo:
Bem, eu sou a favor da descriminalização do aborto e não do incentivo dele, o que é bem diferente. Sim, a mulher tem o direito de fazer o que quer com seu corpo e o fato do aborto ainda ser crime não inibe àquelas que querem fazê-lo de fazerem, o que muitas vezes custa bem mais ao governo, pela necessidade de realização de curetagens para finalizar abortos mal feitos em clínicas clandestinas.
 Agora com relação ao caso em específico, em que o Dr. Morte não utilizava técnicas adequadas e não contratava profissionais qualificados, eu concordo com você, ele errou feio, ainda mais por ultrapassar o prazo de 24 semanas como é determinado. Se fosse algo bem planejado e bem executado e com o consentimento da ex-futura mãe, eu não vejo como problema.

Como ideias são rebatidas com argumentos e fatos, aqui fica a minha respostinha:


Obrigado pelo comentário, obrigado mesmo. Seu ponto de vista é muito importante para mim, pois já comunguei de ideias parecidas.

1- Você disse que é favorável a discriminalização.

Com todo respeito, creio que você tenha a sua posiçao por que nunca tenha sofrido um aborto. Eu conheço uma sobrevivente de aborto que hoje vive com sequelas. Ela não acha que legalizar o aborto seja uma boa ideia, uma vez que as pessoas pensam muito na mãe e nada na verdadeira vítima, o feto. Você disse que não via problema em legalizar o aborto se for legal e com o consentimento da mulher. É uma pena que os pobres fetos vítimas do que você não vê problema não possam concordar com você.

Abaixo dois testemunhos de pessoas que escaparam da morte depois de sofrerem tentativas de aborto. Num dos casos, a mãe grávida de gêmeos, achou que tinha abortado seu filho e depois descobriu que havia um sobrevivente ainda em seu ventre:

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=kPF1FhCMPuQ]

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=k8B1nKGIAeg]

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=7sRYz7IDru0]

Na minha família eu tenho o caso de uma pessoa que já recorreu a 8 abortos, tendo que paar na pele por seus atos.

2- Você mencionou que a mulher teria o direito de decidir sobre seu próprio corpo.

Concordo. Biologiacamente, o feto é o sujeito ativo da gestação, não fazendo parte do corpo da mulher, pois tem uma relação simbiótica com ela.

Além do mais, metade dos fetos são mulheres não tendo o direito de decidir sobre seu próprio corpo. O que eu defendo é que todas as mulheres, dentro ou fora do útero, possam fazer suas decisões, estendendo esse direito também para os homens.

3- O direito a vida é maior que o direito de decidir. Ninguém decide sobre escolha alguma a menos que esteja vivo. Sem vida, não há escolha. Tire a vida de algo e verá que este ser não será capaz de fazer escolhas. A escolha de negar a vida a um feto apenas faz com que o feto não goze desse direito supremo de fazer escolhas que alguns rogam para si.

Deixando claro que sou favoravel ao aborto em caso de risco de vida da mãe, em caso de estupro e de anencefalia. O Estado deve facilitar os partos das mulheres que não quiserem criar seus filhos, também criando um sistema de controle de natalidade, em último caso, oferecendo até a pílula do dia seguinte.

4- É fácil para os cidadãos vivos negar a outro ser humano o direito de nascer apenas em função de condições sociais adversas. É muito egoísmo negar a vida a inocentes, sendo que todos nós, seres humanos falhos, gozamos dela.

O feto é tão vivo quanto um bebê. Prova disso é que não há nada no parto que indique que a vida brotou imediatamente no feto. Todos sabemos que ninguém pode ser considerado especial para a lei ou mais vivo que os outros apenas porque conseguiu passar por uma vagina num parto normal. O aborto mataria um ser vivo humano num estado de desenvolvimento inferior ao de um adulto. O feto pode não ser capaz de ter uma consciência perfeita, mas deficientes mentais e pessoas doentes também não, e não é por isso que o Estado não deve proteger a vida deles.

5- Sou contrário porque só podemos ser contrários ou favoráveis a ele na condição de vivos. Morei um ano com um amigo ateu, ele só nasceu porque a mãe dele era católica e se recusou a abortar, mesmo sabendo que poderia morrer. Hoje esse meu amigo é favorável ao aborto – apenas porque alguém foi contrário ao aborto antes dele nascer. Só nascemos por que alguém fez uma opção não pelo aborto, mas pela vida. Menos da metade das pessoas nascem são fruto de gravidezes planejadas. Fazer com que filhos paguem com a vida por "erros" de seus pais é uma aprovação da injustiça.

6- Proteger a própria espécie é uma instinto que muitas vezes excede até mesmo a proteção própria do ser humano. Duvido que qualquer pessoa, a ver um bebê correndo perigo, não se arriscaria para salvá-lo. O fato do bebê estar dentro ou fora do corpo da mãe não faz com que ele tenha sua vida relativizada, pois mesmo antes de nascer o bebê é capaz de sentir dor e lutar por sua vida, ou seja, ele não morto dentro do corpo da mãe.

7- O que o caso do doutor Morte mostra é a consequência do que é relativizar a vida humana. O próprio doutor Morte tinha a mente tranquila, pois achava que estava ajudando suas pacientes. Quando a pessoa se acostuma em matar, seus princípios tendem a ficar cada vez mais flexíveis. Primeiro nos acostumamos a matar fetos e daqui a pouco não estranharemos se matarem bebês – como é o caso da imprensa liberal dos EUA. Até os nazistas desumanizavam os judeus, depois não encontrando remorso na hora de exterminá-los. O que o aborto nos EUA causou foi 40 milhões de mortos, um etnocídio ignorado pela imprensa covarde. Prefiro dormir sem apoiar esse derramamento de sangue inocente.

8- O que o caso do Dr. Morte mostra de forma crua é o que os ativistas pró-aborto defendem com o tempero da lei governamental. Se eles presassem pelos direitos humanios seriam os primeiros a reportar esse caso e criticá-lo. Do contrário, eles ignoram e jogam esses casos para debaixo do tapete. Motivo? Em média, cada um dos 1 milhão de abortos nos EUA custa 300 dólares.Quem fizer as contas vai perceber que existem mais interesses envolvidos do que os “direitos humanos”. Esses hipócritas reclamam quando uma mulher morre na mesa dos aborteiros, mas nada falam quando milhares de fetos são destruídos.

9- Permitir aos outros o que não permitiríamos para nós mesmos pode ser o cúmulo da hipocrisia. Imagine um homem que disfera uma agressão intencional contra a barriga de uma gestante, provocando um aborto. Esse homem não é um assassino? Por que permitir que homens que juraram proteger a vida alheia façam o mesmo com o aval da lei?

10- Aborto pode ser um ato justificável, mas jamais será um ato moral. Se o aborto fosse moral, ninguém ficaria enojado com o resultado grotesco que ele provoca nos fetos abortados, muitos dos quais lutam até o fim por suas existências indesejadas.

O direito de nascer não é privilégio apenas dos que são capazes de opinar sobre o aborto, ele se estenderia também as vítimas dessa prática vil.

11- Você disse que a criminalização do aborto custa caro a sociedade



As estatísticas comprovam que mulheres que recorrem ao aborto tem maior chance de se suicidar, contrair doenças psicológicas, ter doenças ligadas aos orgãos reprodutivos e são mais propensas a ter um aborto involuntário no futuro.

O aborto também aumenta a chance da mulher dar a luz posteriormente a uma criança especial, que precisará de cuidados do Estado. O aborto é uma agressão ao corpo da mulher, que é mais uma vítima deste. A sociedade também paga caro com essas mazelas com a sobrecarga fiscal sobre os cidadãos que pagam impostos por causa do aborto pago pela previdência social e pelo preço pago por crianças que nascem com defeitos em conseqüência de abortos provocados.

Os pró-aborto alegam defender a escolha da mulher, mas menos de 2% dos abortos são feitos em decorrência de estupro. Todos sabem que muitas vezes a mulher, fragilizada, é obrigada pelo parceiro, pela família ou pelo trabalho a abortar. A vontade de escolha das mulheres é tão respeitada pelos abortistas que em qualquer clínica de aborto legalizada dos EUA, a mulher que desiste de abortar não tem o direito a receber seu dinheiro de volta.

12- Você disse que a criminalização do aborto não inibe que se façam abortos

Bem, a criminalização do assassinato não inibe que assassinatos ocorram. A criminalização do estupro não previne que se cometam estupros. A criminalização do roubo não acaba com os roubos. Aliás, nem uma lei no mundo é capaz de proibir cabalmente a prática de uma atividade - nem a Coreia do Norte ou o Irã alcançaram tal resultado.

O que uma lei é capaz de fazer é estipular uma pena para quem infringí-la e for pêgo. Só isso. O renomado economista Milton Friedmann, da Universidade de Chicado,  já fez estudos elaborados sobre a descriminalização de algumas atividades ( mais especificamente crimes ligados ao consumo de drogas), mesmo sendo a favor delas, reconheceu que é lógico que um ato legal seja mais justificado e praticado do que um ilegal.

13- Aborto e casamento

Por mais que se diga que o feto é propriedade exclusiva da mulher ( o que é mentira ), a verdade é que ele carrega material genético do pai e da mãe, sendo responsabilidade destes. O aborto também prejudica os casamentos. Casais jovens que abortam tem chance maior de não se casarem. Depois do casamento: hostilidade do marido contra a mulher, se não foi consultado sobre o aborto; hostilidade da mulher contra o marido, se foi obrigada a abortar.

14- Aborto e violência

[caption id="" align="aligncenter" width="356"] Reparem que se o aborto diminuísse a violência, os crimes deveriam cair nos meados dos anos 90, mas eles só aumentaram.[/caption]

Ao contrário do que é pregado religiosamente, não existem provas de que o aborto de fato diminua a violência. O livre o Freaknomics usa o exemplo da queda do crime em Nova York após a legalização, porém, as estatísticas mostram que o crime não diminuiu nas primeiras gerações afetadas pela legalização. Além do mais, a queda foi coincidente com políticas de segurança pública do prefeito republicano Rudolph Giuliani. A cerca de 2 anos atrás, um sociólogo mostrou que a queda da violência nas metrópoles ocorreu de forma parecida entre cidades onde o aborto era legalizado e não legazido. Logo, essa queda é debitada em fatores pertencentes a globalização.

15- Por fim

Gandhi já dizia que não sabendo de que lado ficarmos, deveríamos proteger os mais fracos, que não podem se defender. O aborto consiste apenas na discriminqlização do uso desproporcional da violência dos fortes para contra indefesos inocentes.

Contra fatos, não cabe argumentos. Aborto, nem morto.

Fonte: http://www.guttmacher.org/index.html

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