quinta-feira, 25 de outubro de 2012

EUVÍ: Dave, presidente por um dia ( crítica )

Certa vez perguntaram a Kevin Kline o que ele achava de Barack Obama. Kevin respondeu que quando o Bush era presidente, muitas pessoas diziam a ele que gostariam que o Dave(personagem de seu filme) fosse o presidente na realidade e desde que Barack Obama se tornou presidente, nunca mais ninguém lhe teria dito nada.

Existem filmes que são capazes de criar um sorriso em qualquer um.



O presidente mais carismático da ficção com certeza é o presidente americano do filme Dave. A primeira vez que vi esse filme está gravada na minha memória até hoje. Era um tarde de sábado na globo quando eu e meu pai assistimos esse filme pela primeira vez. Ainda me recordo de meu pai ter falado do filme durante dias.

O filme tem uma aura que só os filmes dos anos 90 tinham, ele é mágico, inocente, nostálgico, engraçado, simples, ilustrativo e belo. Seu enrendo ilustra o que seria a chegada ao poder do cidadão.

O diretor Ivan Reitman consegue a cada cena mostrar como o Dave(interpretado por Kevin Kline) é um cara legal e de bom coração que é surpreendido pelo destino e se vê obrigado a ficar no lugar do presidente por um periodo. O enredo ilustra o que seria a chegada ao poder de uma pessoa tão comum quanto todas aquelas que são governadas e por isso entende melhor quais seriam as soluções para os desafios existentes.

O filme conta a história de Dave, um solteirão muito gentil e generoso que trabalha numa agência de empregos fazendo o que mais gosta, ajudar as pessoas.



Dave tem uma íncrivel semelhança com o presidente, o que faz que ele faça algumas imitações nas horas vagas. Um dia agentes da segurança do verdadeiro presidente o chamam para que ele faça uma aparição fingindo ser o verdadeiro presidente e ele aceita.

Daí o verdadeiro presidente fica doente e como os assessores do presidente não confiam no vice-presidente, eles fazem uma oferta para que Dave ocupasse o lugar dele enquanto o verdadeiro presidente não melhorasse.

O ingênuo Dave concorda e é obrigado a ser apenas um testa de ferro de interesses alheios, mas em determinado momento Dave decide tomar as suas próprias decisões na presidência e asim poder continuar fazendo o que ele gostava de fazer no seu antigo emprego, ajudar as pessoas.

O filme no final das contas, que parecia ser uma comédia, surpreende ao explorar de forma muito interessante a emoção. A história é capaz de gerar esperança e otimismo mesmo naqueles que não acreditam que ainda é possível mudar o mundo.



As atuações são todas excelentes, com destaque para o que na minha opinião é a melhor atuação de Kevin Kline, ele consegue colocar no personagem todas as qualidades pessoais que uma pessoa que está acima das outras costuma perder.

A simpatia e o amor ao próximo são os valores que a película propaga desde o primeiro frame. A trilha sonora transforma o filme num clássico, ela permeia todo o filme com trilhas que fazem rir, pensar e até se emocionar.

A produção é icônica, pois com os cameos políticos e jornalistas reais por todo o desenrolar da trama, a história se torna mais crível e real para aqueles que conhecem a cena política americana.

A mensagem de Dave é que para ocupar grandes funções, na maioria das vezes precisamos de pessoas que tenham muito preparo, mas algumas vezes só precisamos de pessoas com grandes corações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário