sábado, 27 de outubro de 2012

EUVÍ: Seria Obama o novo Bush? Ou seria Obama o novo Reagan?



Obama é um presidente democrata com dois destinos a sua espera, um seria ter o destino de Ronald Reagan, conduzindo um país para uma forte recuperação econômica e sendo reeleito, outro seria o destino de George H. W. Bush, sendo critcado por suas promessas não cumpridas e sendo derrotado na eleição.



Eu acredito que Obama já desperdiçou suas chances de ser um Ronal Reagan democrata, enquanto o presidente oitentista uniu o país e efetuou as medidas corretas para colocar o país no trilhos, Obama começou o governo com a maioria no senado e na câmara e mesmo assim não conseguiu colocar completamente sua agenda na pauta do congresso.

Se as intenções de Obama foram boas, suas atitudes se  mostraram um tanto quanto equivocadas. Ele passou muito tempo tentando impor suas promessas eleitorais, acabou que não teve êxito nem na condução econômica e nem conseguiu fazer o que tinha prometido, tendo se alinhado com muitas políticas econômicas e externas e de  de seu infeliz antecessor George W. Bush.



Mas será que Barack Obama, indenpendente se Obama for reeleito ou não, seu primeiro mandato será lembrado só pelos seus erros? Não, a  história será bem justa com ele, e não será porque ele é o primeiro presidente negro, mas porque de fato ele adotou muitas medidas que o país clamava depois de 8 anos da fracassada presidência de George Bush.

Você se lembra óbviamente não se recorda de George H. W. Bush, o pai de George W. Bush, que foi presidente de 1988 a 1992. O Bush pai durante seu periodo na presidência sofreu dos mesmo criticismos que Obama sofre hoje em dia, ele era chamado de fracote, de gastão(por ter aumentado a dívida em 1 bilhão) e de mentiroso (por prometer que nunca aumentaria os impostos e depois aumentar). Ele também era acusado de ser responsável por uma recessão e de não executar as medidas cabidas para causar uma recuperação descente.



Bush pai foi derrotado por Bill Clinton, que conduziu o país para uma retomada nos bons índices econômicos,  produzindo orçamentos sempre superavitários e sendo o responsável por uma recuperação econômica invejável.

Caso Obama perca para Mitt Romney, a história pode tentar pintar ele como um presidente fracassado ao estilo de George W. H. Bush, mas essa comparação seria injusta com Obama, assim como os estigmas que Bush recebeu também foram ingratos.

Há apenas um problema na comparação:  George H. W. Bush nunca realmente existiu. Ele entrou pra história pelos seus erros, não pelos acertos corajosos. Na realidade, Bush foi o responsável por cortar o déficit, reduzir o desemprego e estimular muito do crescimento econômico que impulsionou Clinton durante todos os anos 90. Mas, apesar destas melhorias, suas medidas demoraram muito para surtir efeito. Fazendo com que suas chances de ser reeleito fossem dizimadas. Bush herdou um governo com gastos altíssimos de Ronald Reagan, para que ele pudesse criar um orçamento realista, precisou quebrar sua promessa e aumentar impostos, isso o custou sua reeleição.



O Bush pai também teve ações exemplares na guerra do Kuwait, mesmo assim, o sucesso na política externa não compensou o fracasso econômico e como um famoso analista declarou na época que o que decide uma eleição "é a economia, estupido".

Neste momento, Obama se encontra em situação bem parecida com a de Bush pai. Obama passou seus primeiros anos na Casa Branca combatendo a crise econômica, produzindo uma recuperação insatisfatória, porém, mesmo cometendo erros, colocou o país na direção certa. Ele impediu que um colapso financeiro global produzisse um metástase gerando uma segunda Grande Depressão. Ele resgatou uma indústria automobilística em queda livre. Ele re-regulou Wall Street. E ele está prestes a se consolidar um acordo de longo prazo de redução da dívida por meio de 2013, além de ter políticas externas irrepreensíveis.



Individualmente, nenhuma de suas realizações tem sido potentes o suficiente para apagar os efeitos da crise de  2008, que produziu desemprego alto e crescimento da dívida, é por isso que Romney e Obama estão tão acirrados nas pesquisas. Mas se analisados os dados, já é possível reparar que a economia de fato já esta  melhorando , assim como fez no final do mandato de Bush pai.

A questão agora é se Obama vai ficar e obter o crédito que ele merece ou se Romney vai dar uma de Clinton e assumir a tempo de aproveitar os frutos do trabalho de seu antecessor.



Para Obama, o exemplo de Bush deve ser assustador. Como Obama, Bush herdou uma crise na com a poupança e empréstimo de 1989 e foi forçado a colocar dinheiro pesado no mercado para aquecer a economia. Em seguida, veio uma crise econômica, em 1990, juntamente com o aumento dos déficits. Em resposta, Bush passou a maior parte de seu segundo ano no cargo tentando cortar gastos. Seis meses mais tarde, a recessão de Bush terminou oficialmente, mas o dia da eleição era só ainda 19 meses distante dele.

Essa trajetória é muito semelhante à de Obama: crise inicial grande, grande resposta do governo; meses de dor econômica, o início de uma recuperação. Depois de tomar uma ação decisiva para conter a crise, Obama e o Bush pai então presidiram com altos índices de desemprego.



Se jogarmos nossas mentes num achismo lógico, poderemos até sensatamente pensar que se o Bush pai tivesse vencido em 1992, ele seria aclamado como um presidente muito melhor hoje, devido ao fato de que muitos dizem que a maioria das evoluções positivas econômicas e fiscais que Clinton implementou tiveram início na  administração do Bush pai.

Logo, analisando o passado, podemos escrever um futuro mais otimista para a situação dos ianques. Mitt Romney, a despeito de todos os seus discursos deve governar como um verdadeiro centrista ao estilo Clinton, ele não deve adotar medidas radicais e sim dar prosseguimento as mesmas medidas de Obama, que hoje ele chama de fracassadas. Romney, ao entrar no salão oval deverá ser envolvido por um pragmatismo que já guiou muitos presidentes e pode até reescrever a história como um Ronald Reagan, conduzindo os Estados Unidos a uma ascenção econômica e unindo um país que clama por um líder conciliador.

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