domingo, 14 de outubro de 2012

EUVÍ: Jovem leiloa virgindade e chama atenção da mídia



Certa vez estava conversando com uma pessoa, e disse certa afirmação e explique com argumentos. A pessoa disse que eu estava errado, usou os mesmos argumentos que eu usei e finalizou dizendo que discordava de mim afirmando a mesma afirmação que afirmara primeiramente.

Ele simplesmente não estava escutando o que falava, só ouvindo rasamente, viu que eu fala de um assunto, presumiu por fatores como comportamento, origem, lugar onde moro, religião, cor da pele, filosofia de vida, etc, que minha opinião era uma e discordou de mim usando os argumentos para dizer exatamente o contrário, sem saber que eu tinha dito exatamente este contrário e pelo preconceito dele fiquei perplexo, devia ter me comunicado mal.

Outro dia liguei a tv na GloboNews e ao invés de alguma reportagem sobre a pobreza no mundo, a vida dos golfinhos ou do conflito no oriente médio, havia uma reportagem sobre uma catarinense que leiloaria a virgindade num reality show, detalhe: o "comprador" não poderia nem beijar.

Daí veio uma onda de opiniões dos mais "evoluídos" até os mais "atrasados".

Os "atrasados" disseram que o relativismo moral atingiu um nível surpreendente, não só uma mulher venderia um bem tão precioso e único como sua virgindade se prostituindo com um estranho e jogando fora uma das experiências mais importantes da vida. Além disso, essa mulher nem vergonha tem de mostrar isso na tv.

O mais interessante e que faz essa análise mais surpreendente é que não haverá beijo, o que isso significa? Um resquício de honra ou hipocrisia? Talvez nenhuma das coisas.

O fato de deixar que o comprador a viole porém sem beijá-la mostra que existe uma discrepância no valor do beijo, que na opinião dela só deve ser dado pra quem ela realmente desejar, ou se vivessemos num mundo bem mais estranho ela leiloaria até o beijo em troca de dinheiro também.

Na minha visão, não é sobre sexo, é sobre dinheiro, vivemos num mundo materialista, as pessoas precisam de dinheiro pra fazer qualquer coisa, vivemos numa sociedade que valoriza o que as pessoas tem e não o que são.

Que tal uma hipótese: Digamos que você fosse apresentado a um jovem que aos 21 anos teria já teria conseguido seu primeiro milhão. Você admiraria esse jovem? Você o invejaria? Você o julgaria melhor em alguma instância mais bem sucedido ou melhor que alguém?

Agora digamos que você conhecesse uma segunda pessoa que trabalha numa clínica clandestina que sequestra crianças e vende seus orgãos para milionários russos deixando-as em banheiras cheias de gelo, além disso essa pessoa faz uns abortinhos nos finais de semana. Você a admiraria? Você teria repulsa por seus atos? Você o consideraria melhor ou mais bem sucedido que alguém?

E se eu previsivelmente te dissesse que o jovem da primeira hipótese é a mesma pessoa dona da clínica da segunda hipótese?

Muitos diriam que ele é um monstro criminoso, outros diriam que ele trabalhou duro se sujeitando aos riscos de exercer uma função perigosa que salva a vida de muitas crianças russas e além disso nos finais de semana foi um herói que ajudou no longo prazo a diminuir os índices de criminalidade eliminando vidas indesejadas que certamente viriam a se tornar criminosas.

Tudo na vida pode ser visto de vários pontos de vista, pessoas que tem mente aberta conseguem ver a opinião de todos os pontos de vista que circundam um fato.

A moral é algo que muitos pensam que anda em extinção, com a derrocada da influência religiosa muitos acreditam que estaria surgindo uma nova geração de ateus e seculares desprovida de qualquer moral.

Não podiam estar mais errados, uma pessoa que não tem moral é amoral, uma pessoa que tem uma moral diferente é imoral. É óbvio que para a sustentação da sociedade a velha moral será substituída por uma nova moral adaptada aos novos valores e as mudanças ciêntificas.

Agora vamos falar dos "evoluídos", estes veem o mundo em transformação e sabem que desde que moravamos nas cavernas fazendo sexo de maneira transloucada para podermos gerar vários descendentes para assim ter maior probabilidade de passar nossos genes adiante, sabiamos que alimentar uma mulher por meses para que ela tivesse um filho que não fosse seu seria uma catástrofe. Logo, dar preferência a uma mulher virgem se tornou uma saída valiosa para mitigar riscos.

Desde os tempos bíblicos, as sociedades arcaicas tiveram de se organizar para viver melhor numa sociedade dentro de suas condições, manter a mulher virgem até o "casamento" passou a se tornar um código de moral social, dando ar de virtuosidade e pureza a figura feminina numa época de truculência.

Curiosidade: a mulher é o único animal que possui hímen, seria porque deus quer que este seja retirado num momento especial? Talvez, mas acho que não.

Na antiguidade, não havia casamento, apenas os ricos de casavam, no judaísmo o casamento variava de acordo com a classe social da pessoa e durava dias e dias. O casamento era um contrato social e o namoro inexistia. Quanto mais filhos a mulher tivesse, mais era bem vista.

Com o advento do cristianismo e a ascenção da idade média, o sexo foi demonizado, o instinto básico do ser humano virou antagonista da moral da sociedade, o sexo passou a ser veículo de contato dos espíritos das pessoas, além de transmitir doenças e gerar filhos fora do "casamento", os bastardos. O sexo era para procriação e a igreja era guardiã da família, a mãe de todas as instituições.

Com a chegada da idade moderna as mulheres passaram a escolher com quem casavam, puderam se educar e almejar paridade com os homens.

Foi aí que TUDO mudou, com o advento da pílula anti-concepcional e da camisinha, as mulheres passaram a poder praticar sexo sem se preocupar em ter os doídos filhos. Além disso entraram no mercado de trabalho e adquiriram capital para ter independência financeira.

A igreja, que até então tinha o monopólio da cosmovisão, passou a dar lugar a ciência para explicar o que antes não tinha explicação natural e era atribuído a divindades. A igreja passa a perder importância na vida das pessoas, que se distanciam cada vez mais dos valores que ela defende.

As mulheres que trabalham, passam a querer escolher o momento certo de engravidar, daí se engravidam, abortam, a "vida" do feto não lhe interessa, lhe incomoda e atrapalha seus planos, triturar a cabeça do feto parece justificável.

Conforme os valores se vão, acabam se invertendo, as pessoas passam a se divorciar, morar sem se casar, fazer sexo casual, ter filhos de pais diferentes, etc. A família passa a ter outras formas, marido e mulher podem ser mulher e mulher ou marido e marido.

Ou seja, a própria virgindade perdeu valor na sociedade, vira um "presente" que se dá ao parceiro ou algo que se quer perder deliberadamente. Fica a cargo da pessoa fazer o que quiser do seu corpo ou simplesmente não fazer nada.

Uma mulher que faz sexo por prazer com o namorado, com o marido ou com o namorado de outra e uma que fizer sexo com quem a paga, com quem o pagador quer ou com os pagadores ou pagadoras. Ambas as mulheres fazem sexo, ambas podem sentir prazer, mas apenas uma sai mais rica do que entrou.

Pela lógica fria e capitalista, não há nada de errado em aproveitar a vida para se divertir e ganhar dinheiro com isso. Uma prostituta ou uma atriz pornô são trabalhadoras tão respeitáveis e dignas quanto qualquer dona de casa.

Quanto a leiloar a virgindade, só acredito que quem comprar vai estar fazendo um péssimo negócio porque ele poderia fazer sexo com mulheres muito melhores pagando menos.................e beijando na boca! Afinal, sexo hoje em dia é isso né, um negócio.

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