Desde muito tempo atrás as pessoas tentam definir se é melhor acreditar na religião ou na ciência. O próprio embate parece meio estranho, pois a ciência não necessariamente se opõe a religião. Como todos sabem existem milhões de religiões. Um princípio muito correto que muitos cientistas adotam é não julgar antes de conhecer. Pois bem, não conheço ninguém que conhece todas as religiões do mundo, mas já perdi a conta de quantas pessoas conheço que fazem julgamento da religião mesmo sem conhecer todas ou até mesmo a maioria delas.
Não sejamos ignorantes. Existe uma infinidade de religiões. Algumas delas entram em conflito com alguns fatos científicos dos nossos dias, mas outras não. Concordo que a religião não deve interferir na ciência, porém a ciência no passado já interferiu na religião. Várias descobertas científicas mudaram diversas visões que algumas religiões tinham sobre determinados assuntos.
Há quem diga que acredita apenas na ciência, pois a razão seria mais nobre que a fé. A realidade é que a ciência muda e as religiões não costumam mudar. Logo, a ciência que uma pessoa acredita hoje pode ser provada errada pelas descobertas de amanhã. Existe algo de errado nisso? Absolutamente nada. Acreditar na ciência é perseguir infinitamente a verdade. Já aqueles que acreditam nas religiões acreditam na "imutável e eterna verdade religiosa". É presumível que quem acredita na ciência hoje pode estar acreditando em coisas erradas, mas no futuro acreditará em fatos cada vez mais próximos da verdade. Já quem acredita nas religiões acreditará sempre nas mesmas coisas, que podem se provar falsas ou verdadeiras.
Muitos fatos na ciencia têm meia-vida, pois têm um tempo de vida finito. O cientista e matemático Samule Arbesman publicou o livro A Meia-vida dos Fatos, no qual explica a cientometria. Abaixo a sua entrevista para a revista The Atlantic.
O que é cientometria e o que significa o título de seu livro A meia-vida de fatos?
Arbesman: A cientometria é a ciência da ciência, que varia de compreensão de como o número de pesquisas, como funciona a colaboração científica, até mesmo como os cientistas recebem subvenções. É parte de um grande corpo de pesquisa dedicado a compreender de forma mais ampla como o conhecimento cresce, muda, e cai ao longo do tempo.
Enquanto muitos de nós sabemos que existem as mudanças de conhecimento e que qualquer fato individual pode parecer a mudar com um certo grau de aleatoriedade, a mudança no que sabemos geralmente obedece a regularidades matemáticas. Uma analogia poderosa é a radioatividade. Embora não possamos prever quando um átomo específico vai decair, quando temos muitos átomos juntos - como dentro de pedaço de urânio - de repente passamos do imprevisível para a regularidade. E podemos até estudar esta deterioração de uma forma simples: a meia-vida do material radioativo.
O mesmo tipo de coisa ocorre com o conhecimento: Mesmo se não podemos prever qual nova descoberta vai ocorrer ou qual fato vai ser derrubado. Há uma ordem e uma regularidade de como o conhecimento muda ao longo do tempo. E esta consciência e compreensão é o que o "A Meia-vida dos Fatos" destina-se a transmitir.
Parece que, ao pensarmos sobre o conhecimento e sua evolução, pode-se criar uma espécie de taxonomia de diferentes tipos de alterações factuais. Às vezes a informação que temos é simplesmente refutada pela ciência, por vezes, é preenchido para que possamos compreender como ele funciona melhor, e às vezes é refinado de tal forma que ele ganha nuances, mais precisamente descrever o mundo que nos rodeia. São os tipos * de mudanças factuais que vemos mudança como a ciência avança? Será que este variar entre campos científicos?
Arbesman: O caminho da ciência sempre foi o que mais perto chegou da verdade. Assim, em geral, como mudanças de conhecimento, e até mesmo torna-se virado, estamos nos aproximando de uma melhor compreensão do mundo que nos rodeia. E eu acho que este atravessa disciplinas científicas.
Quando as pessoas pensavam que a Terra era plana, elas estavam erradas. Quando as pessoas pensavam que a Terra era esférica, elas estavam erradas. Mas se você acha que pensar que a Terra é esférica é tão errado quanto pensar que a Terra é plana, então sua visão é mais errada que as duas juntas. Na verdade, a visão correta do mundo é um tipo de objeto geométrico conhecido como um esferóide oblato. Dito isto, uma visão de Terra perfeitamente esférica é uma aproximação decente, e uma visão de Terra plana não é tão adequada (embora adequada para distâncias muito pequenas).
Mesmo que essas teorias erradas possam nos dar uma imagem totalmente diferente, verifica-se que podemos quantificar a quantidade de erro para cada nova teoria e assim criarmos um modelo. Então eu acho que para a ciência em geral, podemos verificar o fluxo de nosso conhecimento.
Você escreve no livro, "O que estamos realmente lidando com a cauda longa de descoberta." O que você quer dizer com isso?
Arbesman: Quando um campo científico é novo, há muitas "frutas de baixo da árvore" para serem descobertas e essas descobertas podem vir de forma rápida e facil. Com o passar do tempo um campo torna-se mais maduro. Sucessivas descobertas ficam muitas vezes cada vez menos extraordinárias, mas ainda são importantes para consubstanciar a nossa compreensão sobre a disciplina em questão.
A ciência se prova a melhor forma de mudar a realidade e a religião se prova a melhor forma de se conformar com ela. Num mundo onde existem realidades que não podemos mudar existem mentiras que podem fazer as nossas vidas mais prazerosas. É evidente a existência de religiões fundamentalistas que não têm a coragem de se dispor aos questionamentos da ciência, são religiões incoerentes e estão fora da dinâmica da vida, pois criam um mundo paralelo e totalmente supersticioso. A verdadeira religião tem a coragem de se colocar numa discussão com a ciência, neste embate as duas se completam e se purificam.
Espiritismo , Taoísmo, Neo Panteísmo e diversos outros tipos de religiões novas ou antigas renovadas praticamente não entram em choque com a Ciência. Quase sempre os conflitos são provocados pelos fundamentalistas das religiões monoteístas(cristãos, mulçumanos e judeus). No entanto, demonizar as religiões pode não ser uma tarefa muito justa, pois a própria ciência foi muito evoluída pela ajuda de religiosos. A contribuição de religiosos para a ciência foi importantíssima na época em não era vista como inimiga da fé.
“Esta situação pode ser expressa por uma imagem: a ciência sem religião e aleijada, a religião sem ciência e cega.”
Albert Einstein
A igreja católica pode até ter sido retrógrada na baixa idade média, mas ela incentivou a ciência com as contruções da universidades na alta idade média. Diversos foram os inventos feitos por padres. A contribuição dos judeus para a ciência é inegável. Além disso as pesquisas sociológicas já demonstraram a relevância dos protestantes nos primórdios da ciência moderna. Comparado com os católicos (que se destacaram mais no estudo da religião, do direito e da educação) os protestantes sempre foram maioria nos círculos científicos do passado, mesmo em épocas em que eles eram uma minoria social.
A religião sabe-se inócua sem a razão e a ciência tem consciência de sua finitude. A ciência sabe que pode ir somente até um determinado ponto, que, além disso, não há uma explicação racional aceitável, assim cala-se e deixa que a religião responda às últimas questões. Albert Einstein, um dos maiores cientistas dos últimos tempos, conhecido mundialmente pela teoria da relatividade que proporcionou a grande revolução da física, escreveu em um de seus textos: “Esta situação pode ser expressa por uma imagem: a ciência sem religião é aleijada, a religião sem ciência é cega.”
A doutrinação é a mãe de todas as ignorâncias e a religião não sobreviveria sem ela. Mesmo sabendo que é uma mentira, os continuam a contar mentiras aos seus filhos. Papai Noel, Cegonha, bicho Papão, Fada do Dente, Gnomos e também sobre um tal Papai do céu, que exige sua rendição incondicional de questionar e simplesmente aceitar, sob pena de queimar por todo o sempre no fogo do inferno. quaisquer ensinamentos que envolvam intimidação e ameaça, não pode ser algo bom Não é mesmo? NDSIMAS@YAHOO.COM.BR
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