EUVÍ: Cassio Scapin morreu? Claro, que não. A moda agora é matar quem está vivo.

Qual não foi a minha surpresa ao abrir o meu computador e descobrir que uma das figuras mais importantes da minha infância havia falecido. A pessoa que teria morrido seria Cassio Scapin, o eterno Nino do Castelo Ratimbum.

O Castelo Ratimbum era um programa interessantíssimo que nos anos 90 já era um prapagador de cultura para os infantis, além de introduzir as novas gerações para a bruxaria num enredo pré-Harry Porter. Na trama, duas crianças conheciam Nino, uma criança de mais de 100 anos que morava num castelo em São Paulo que era alvo da especulação imobiliária da época.



Quando resolveram levar Castelo Ratimbum para o cinema, houve uma rasteira traiçoeira em Cassio Scapin, ele descobriu na última hora que não só não iria interpretar o personagem que ajudou a eternizar, como que seu personagem iria ser interpretado por uma criança. Scapin não deve ter ido pegar a fila da estreia pra assistir o filme.

Desde então nunca mais ouvi falar de Scapin, até poderia imaginar que ele havia morrido, mas Scapin é um sobrevivente que não morre por desgosto graças as artimanhas da vida. Agora resolveram espalhar um boato que ele havia falecido e muitos como eu, que poderiam acreditar nisso, caíram como bobos.

Eu sei porque as pessoas fazem isso, são idiotas mesquinhos que inventam boatos envolvendo A VIDA de um ser humano para poder aparecer na internet, onde os boatos se propagam sem que se verifiquem a notícia. A informação da morte de alguém é tão importante e afeta tantas pessoas que qualquer pessoa responsável e que tem o mínimo de consciência faz questão de ter certeza antes de dar uma notícia como essa.



Graças a deus, Scapin não morreu de tristeza por ver seu nome envolvido num boato tão infundado. Agora a moda daqueles que têm o coração morto é matar quem está vivo. Todos sabem que um obituário é o maior atrativo de um jornal, mas felizmente a imprensa oficial não noticiou esse factóide.

Por mais que não possamos matar quem fabrica as inverdades, podemos, como a verdade, matar a mentira.