quinta-feira, 22 de novembro de 2012

EUVÍ: Mulher morre na Irlanda pois lhe foi negada a possibilidade de abortar um filho que não iria sobreviver


Como sempre gosto de afirmar, sou contrário ao aborto, sou a favor da vida, acho que a vida humana deve ser respeitada e entendo que cientificamente a vida começa no momento da fecundação do óvulo. Posso estar completamente errado, mas está é a minha opinião e respeito que pensa diferente de mim, até porque são muitos.

Na Irlanda, uma mulher morreu em decorrência de um aborto não-feito. Ela sabia que o seu filho não iria sobreviver e então quis fazer o aborto. O problema é que na Irlanda, desde 1982, o aborto é proibido em TODOS os casos(que retrocesso). Como ela estava com dores, foi ao médico, que alegou que só poderia abortar depois que os batimentos cardíacos do feto parasse. Em meio a essas complicações a mulher acabou falecendo por septicemia.

O que aconteceu nesse caso foi uma violação de não um, mas de dois princípios que dizem a respeito das exceções em relação ao aborto. A mulher deve ter direito de fazer o aborto se sabe que o feto não vai sobreviver e obviamente, a mulher deve ter o direito de fazer o aborto se a sua vida está correndo perigo real e iminente. Eu entendo que se a mulher quisesse correr o risco de ter a gravidez em razão do amor que ela já tem pelo feto, ela pode ser responsável pela sua própria vida. O problema é que quando é proibido o aborto em qualquer caso é retirado da mulher a opção de lutar pela sua própria vida.



Liberar o aborto em para todos os casos têm até bastantes mazelas, mas negá-lo em todas as possibilidades é insano e medieval. A vida do feto merece ser respeitada, mas ela não pode ser considerada sagrada a ponto de se sobrepujar em relação a vida da mãe. É claro, eu não estaria digitando esse vídeo se a mulher estivesse viva, mas entendo que mesmo se tratando de uma exceção, uma vida é uma vida.

Infelizmente acredito que essa mulher morreu sem necessidade. O filho dela ia morrer de qualquer jeito e ela poderia sair viva se tivesse matado ele antes, essa é a dura realidade que a legislação sobre o aborto da Irlanda se recusa a observar. Felizmente, no Brasil a Constituição defende a vida das mães e dos fetos, dando todas as exceções para que a vida de ambos sejam protegidas.

Muitas pessoas declaram que o nosso sistema de saúde força as mulheres a fazerem aborto em clínicas clandestinas e em condições precárias, e por causa disso o aborto deveria ser legalizado. Engraçado que essas pessoas não possuem o mesmo ímpeto para advocar a favor das pobres mulheres que vivem no interior do Nordeste, Norte e do Centro-Oeste e que para dar a luz para os filhos que elas mesmas querem ter são obrigadas a recorrer a condições precárias. O fato de elas terem de recorrer a um procedimento precário e que pode causar a morte de milhares de mulheres todos os anos não faz com quem ninguém proíba que se faça partos em condições precárias.

 

É bom as pessoas terem princípios e ideologias, mas nenhuma ideologia é maior do que a realidade.

 

 

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