EUVÍ: Por que Romney venceu? Por que Obama perdeu? Uma viagem no tempo para o dia seguinte a eleiçāo presidencial dos Estados Unidos

Escrevo esse post dia 5, mas minha mente já está no dia 7 e aponta os motivos da vitória de Romney contra Obama.



 

Romney venceu porque era o candidato certo para lidar com os problemas econômicos que a nação vive, por causa de seu passado bem sucedido na iniciativa privada, conseguiu convencer muitos de que teria o mesmo sucesso na presidência.

O debate foi fundamental para desmontar a caricatura que Obama montou para Romney na cabeça da população. Com desempenho nos debates o republicano pode se vender como um candidato viável para a população americana e mostrou que Obama foi falso quando o pintou como um milionário que não se preocupava com os pobres.



Romney venceu porque sua base republicana estava mais animada a votar e a convencer outros a também o fazer. Os eleitores de Obama podem não ter mudado de lado, mas nessa eleição, eles esqueceram o caminho das urnas.

Uma boa decisão de Romney foi escolher para vice Paul Ryan, um candidato jovem com os quais os jovens que votaram em Obama da última vez podiam se identificar. Ao escolher Ryan, Romney também deu o recado que sabia fazer escolhas arriscadas e optar por um vice que fosse o mais preparado, mesmo que isso não o oferecesse ganhos eleitorais.



A vitória de Mitt em estados vencidos por Obama da última vez mostra como a dinâmica política do país mudou nos últimos 4 anos.



Mesmo com 4 anos para impor suas ideias, Obama falhou no implementar de suas ações economicas e acabou sendo engolido por uma agitada oposição radical, que deu aula ao mundo de como se faz oposição, simplesmente se opondo a tudo que seu opositor faz.

A vitória de Romney mostra que os Estados Unidos não são tão facilmente manipulados pelos artistas de Hollywood e pela mídia(que é desfarçadamente democrata). Os americanos mostraram que escolhem o voto com a mão no bolso e não com a mão no coração ou com a bíblia.



Mitt Romney é o primeiro presidente americano que não é cristão, isso é o que acha a maioria de seus eleitores. A vitória de Romney mostra como o americano ultrapassa as fronteiras religiosas para escolher o melhor candidato e tende a escolher um candidato que não seria cristão, mas teria seus valores, assim preterindo um candidato cristão com o qual não compartilham princípios.



Obama perdeu principalmente porque falhou miseravelmente no trato dos problemas que havia prometido resolver no primeiro ano de governo. Se ele tivesse cumprido ou fingido que cumpriu metade de suas promessas, essa eleição seria uma lavada democrata.



Os americanos queriam votar e reeleger o primeiro presidente negro, mas o próprio Obama fracassou ao governar com seu próprio partido nos dois primeiros anos. E quando perdeu a maioria democrata na câmara, mostrou que seria firme e que não se dobraria aos desejos de seus oponentes. Obama falhou por imaginar que o americano, assim como fez com Clinton, iria julgar nas urnas a oposição pela falta de cooperação com o presidente.



A derrota de Obama é derrota de toda uma geração que optou por sonhar do que viver a realidade e se escondeu na hora de brigar pelo seu sonho.

A vitória de Romney ensina que uma oposição unida pode derrubar até o mais amado dos presidentes de forma democrática, mesmo sem o apoio da imprensa e de artistas.



Romney terá 4 anos para lidar com problemas muito maiores do que os enfrentados por Obama e deve escolher o caminho da reconciliação com os democratas, fugindo do extremismo. Logo, a escolha de um moderado foi fundamental para contrapor o progressista Obama e expor todas as políticas impopulares que o democrata defendia.



A vitória de Romney também mostra que as pesquisas não são leis que merecem ser respeitadas e que a única pesquisa que importa é a que é feita no dia da eleição.

Agora Romney tende a correr para o centro do espectro político e adotar medidas que foram feitas por Obama, mas isso não surpreende os entendidos, pois nos Estados Unidos, o presidente não muda o poder, é o poder que muda de presidente.