sexta-feira, 2 de novembro de 2012

EUVÍ: Funk evangélico? Passinho do abençoado? Diversidade ritmíca ou exploração financeira de outros públicos?

Não é de hoje que  a música evangélica tem tentado explorar todos os ritmos possíveis a fim de alcançar o maior número possível de fiéis e capitalizar ba$tante com isso. No início, as religiões cristãs viam com muitos maus olhos os ritmos da nova geração, a música sacra devia ser entoada em ritmos harmoniosos e qualquer outro ritmo usado para fazer o proselitismo religioso era visto como uma deturpação da mensagem da religião.

Com o passar dos tempos, algumas religiões desistiram de ficar mantendo uma guerra contra os "ritmos do diabo" e decidiram encorporar tais ritmos dentro de suas liturgias. O advento de ritmos mais animados gerou lucros para as religiões, trazendo um público jovem que havia perdido o interesse pelas atividades clericais.



Mas aí, muitos podem levantar uma série de perguntas que podem ser sensatamente respondidas com relação à mistura entre a mensagem religiosa e os ritmos mundanos:

1- Será que a religião deve se manter tradicional em relação aos seus ritmos musicais ou deve se vender aos ritmos da moda para tentar alcançar mais pessoas para suas fileiras?

2- Será que ritmos associados a promiscuidade e satanismo devem ser trazidos para dentro do ambiente sagrado das religiões?

3- Será que a diversidade de ritmos é uma forma de atender às demandas dos próprios religiosos pela diversidade ritmíca ou a exploração desses ritmos mais populares apenas seria uma forma de ganhar a atenção da mídia e conseguir mais dinheiro?

4- Será que a mensagem religiosa deve ser entoada de forma reverente e tradicional ou ela independe da forma que é entoada e o importante mesmo seria a mensagem em si?



Agora pensando no funk:

5- Será que o funk seria um ritmo desvirtuador da mensagem religiosa ou o funk seria a forma de alcançar um público popular que não é alcançado pelas religiões?

6- Será que as pessoas não tem um preconceito ferrenho contra o funk e por isso veem o ritmo de forma depreciativa?



7- Será que as pessoas não tem um preconceito ferrenho contra algumas seitas evangélicas e a mistura com ritmos igualmente desrespeitadas faz com que o tema seja tema de piada?

8- Será que um cantor de funk está habilitado a ser um cantor de música religiosa? Será que uma pessoa que  passa a vida toda entoando músicas que encitam a lascívia está preparado para usar a mesma técnica para fazer proselitismo de suas novas ideias?



9- Será que o funk não traz para a religião danças e coreografias que podem ser consideradas como ridículas e discrepantes com o contexto em que estão inseridas?

10- Será que o funk já não incomoda o suficiente no ambiente secular para também passar a incomodar no ambiente religioso? Será que o funk é um ritmo que merecer ser propagado? Será que o funk é apenas um ritmo ou ele exprime uma mensagem social também? Será que o funk incita a promiscuidade? Será que o funk promove a violência? Será que o funk não alegra os pobres? Será que o funk é o ópio do povo? Será que a religião é o ópio do povo? Seria a mistura entre religião e funk o ópio do ópio?

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